sexta-feira, 27 de março de 2009

Bibliotecários repensem sua imagem e postura

Recebi outro dia uma mensagem do Profº Fernando Modesto divulgando esse artigo do jornalista Luís Antonio Giron e pedindo-nos uma reflexão sobre o assunto. Assunto esse que já venho debatendo sozinha e no escuro há um bom tempo pois ninguém de nossa área se manifesta ou se mostra solidário nessa questão e com vontade e garra política para mudar essa situação.
Estou falando da postura e da imagem negativa que as pessoas têm de nós bibliotecários. Há algum tempo atrás, escrevi algo sobre a minha visão do profissional quando fui pela primeira vez a biblioteca Mário de Andrade. Quando me decidi por essa profissão, aquela imagem negativa que tive lá no passado pesou bastante e me fez acreditar que "aquela profissional" era tudo o que eu não seria quando formada. Acredito que tenho conseguido passar uma imagem boa a todos que aqui na biblioteca em que trabalho passam. Posso cometer alguns erros e enganos de vez em quando - o que é natural afinal sou humana - mas, tratar as pessoas que por aqui passam com respeito e carinho é sempre meu lema. A começar pelo sorriso sincero ao recebê-las. E mais ainda, ao vê-las irem embora satisfeitas da biblioteca. Isso não tem preço! Colegas de profissão eu vos peço: repensem suas condutas e posturas diante do usuário. Sr. Luis Antonio Giron, eu em nome de toda uma classe, peço humildemente desculpas pela péssima impressão que alguém possa ter lhe causado e, por favor acredite, existe alegria, simpatia e comunicabilidade sim no meio biblioteconômico. Não perca as esperanças de um dia encontrar um(a) profissional simpático(a), comunicativo(a) e que ama acima de tudo, o usuário.
Leia o artigo

Professora pretende usar prêmio para editar livro de alunos

(Notícia retirada do PublishNews, 27/03/09)
A professora Sandra Modesto, da Escola Estadual Professor Sérgio da Costa, no Tremembé, zona norte, já sabe como aplicar o dinheiro do bônus da Secretaria da Educação: vai publicar um livro escrito pelos alunos. "Assim como os deputados têm auxílio-terno, acho que os professores deviam ter um auxílio-xerox para material didático. Pelo menos eu já invisto, mesmo sem ter o adicional." O livro começou a nascer numa das aulas dedicadas à produção de um jornal mural proposto por Sandra e feito pelos estudantes há dois anos. Virou uma série, sobre um garoto de 11 anos, escrita por Matheus Mendes da Silva, Luan Cardoso de Carvalho e Thaís Mariano de Sousa, da 7ª série. "O Luan deu a ideia inicial de criar uma história para sair no jornal mural, e os outros dois abraçaram." Leia mais

terça-feira, 24 de março de 2009

Zelador livreiro tem sua biblioteca despejada

Os primeiros livros e revistas foram recolhidos das lixeiras dos grandes edifícios. Acumulados ao longo de cinco anos pelo zelador Sebastião Silvestre Morais Filho, somaram cerca de seis mil unidades - 4.200 livros e quase duas mil revistas. Nos últimos dois anos, as crianças e estudantes da periferia de Cravinhos (294 km de São Paulo) se divertiram com o variado acervo. Entre os infantis, o campeão de procura era "O Ratinho Comilão". As histórias do "Menino Maluquinho" e os "Caça-palavras" também estavam entre os mais pedidos. Adolescentes liam Agatha Cristhie e os estudantes preferiam livros didáticos. O acervo dele foi útil à prefeitura até o fim do ano passado. De 2007 a 2009, com a criação de um projeto desenvolvido por ele mesmo - Projeto Crê-Ser -, os livros e revistas foram expostos, nos finais de semanas e feriados, em várias praças da periferia da cidade. Morais Filho cadastrou mais de 300 famílias. O zelador contou seu drama para alguns moradores do edifício Plaza Tower, onde trabalha. Vários aderiram ao pedido de socorro e decidiram criar o Projeto Biblioteca na Calçada. Vão financiar, a partir de segunda-feira, a construção de um cômodo na casa do zelador, na rua Domingo Carloni, 159, onde serão acomodados os títulos. Assim, nos finais de semana e feriados, em frente à casa, sob toldos azuis, as crianças, adolescentes e estudantes de Cravinhos poderão, novamente, ter contato com os livros.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Lançamento esperado


“Essa publicação é a vida da língua. A editora foi premiada ao ser escolhida para editar o VOLP, que, além de valorizar o catálogo, veio coroar o nosso compromisso com a produção intelectual de Língua Portuguesa”. Era nesse clima de euforia e orgulho que se encontrava Luiz Alves Junior, diretor geral da Global , editora escolhida pela ABL para ser a responsável pela publicação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Global/ABL, 976 pp., R$ 120). Pudera: a demanda é tanta, que 500 mil toneladas de papel serão destinadas apenas para o VOLP.
Pois é, esse assunto ainda me gera um certo desconforto quando penso e ouço sobre ele. O país quase não tem "problemas" a resolver não é mesmo? Quanta demanda, quanta energia, quanto dinheiro gasto nessa mudança! E para que? Quem puder usar de um ótimo argumento para me convencer por favor, fique a vontade. E essas toneladas de papel gastos? Onde entra nossa consciência ecológica nisso heim? E todo essa outra tonelada de livros que já não serviram pra nada? Arrê de novo!!!! Vou parando por aqui pois hoje estou com a "macaca", FUI!!!!

Mais bibliotecas no campo

Segundo o Blog do Galeno, Ministério do Desenvolvimento Agrário abrirá, nas próximas duas semanas, uma nova centena de minibibliotecas rurais no interior do Mato Grosso do Sul, Sergipe, Roraima e Paraiba. No MS, serão beneficiados assentamentos da reforma agrária e aldeias indígenas Kaiowá. Até o mês passado, o Programa Arca das Letras já havia implantado 5.927 pontos de leitura em mais de 1.700 municípios brasileiros. São mais de 1,2 milhão de livros e 625 mil famílias do campo atendidas. A administração dessas bibliotecas é feita por um exército de 12 mil agentes de leitura. Elas podem ser instaladas em casas de moradores, associações ou qualquer outro local. Cada biblioteca já nasce com 200 exemplares e vai, aos poucos, crescendo.
Muito louvável essa iniciativas mas quando vão se conscientizar que não têm que dar curso para formação de agentes de leitura e sim, contratar BIBLIOTECÁRIOS (profissionais que já estão capacitados) para assumirem esse trabalho?
Francamente, já está começando a se tornar pessoal essa questão de ignorarem nossa profissão nesse país. Até eu que sempre fui otimista já estou literalmente ficando de saco cheio desse descaso total. Meus queridos leitores, peço desculpas por esse desabafo mas, francamente, já ando pelas tampas de tanto descaso e desrespeito com a educação e com nossa profissão. Arrê!!! Para mundo que eu quero descer!!!

quinta-feira, 19 de março de 2009

É inaugurada audiolivraria em São Paulo

Comuns em países, como Estados Unidos e Alemanha, onde há lojas especializadas, os audiolivros agora podem contar com um lugar específico no Brasil. A AudioLivro Editora inaugura a primeira livraria do gênero no país, com 30 metros quadrados, bem atrás do shopping Metrô Tatuapé (na capital de São Paulo). Inicialmente serão apenas títulos em português; mas, em breve, a loja também irá oferecer títulos em inglês. Além de CDs, o consumidor poderá comprar o arquivo de áudio: basta levar um tocador de MP3 Clique no “Leia Mais” e conheça mais detalhes a audiolivra.

Segundo Marco Giroto, diretor da Audiolivro Editora e um dos idealizadores da primeira loja de audiolivros, a ideia é disponibilizar aos clientes um local onde poderão encontrar todos os audiolivros existentes no país, algo difícil de encontrar em uma livraria convencional onde o foco principal ainda são os livros impressos.

A primeira audiolivraria irá comercializar tanto os títulos da própria editora, como também de outras editoras de audiolivros, assim como já acontece com o site da empresa.

O objetivo da empresa é expandir o negócio a partir do próximo ano, inicialmente para outras capitais, e depois iniciar um projeto de franquias pelo Brasil.

Como a audiolivraria irá comercializar, além dos audiolivros em CD, os arquivos para download dos títulos da AudioLivro Editora (com mais de 80 obras em catálogo), serão vendidos também os aparelhos de MP3 – para quem ainda não tiver um.
Quem quiser conhecer a primeira loja de audiolivros do Brasil, é só visitar, de segunda a sábado (das 10h às 18h), na Rua Bom Sucesso, 247. Tel.: 11-2098-3331.

Moradores se reunem para salvar livraria


Quando li essa notícia pensei com meus botões: "Caramba! Quando será que a nossa sociedade chegará a esse patamar? Porque é tão difícil para as pessoas entenderem que a cultura e a educação são pilares fundamentais para uma sociedade se fortalecer e evoluir?" Acho essa comoção das pessoas em prol dessa questão muito legal de se ver.
Essas indagações são para ilustrar a notícia a seguir:


(Notícia retirada do Publishers Weekly - 17/03/2009 - Por Claire Kirch )

Em resposta a duas cartas abertas do livreiro Karl Pohrt à comunidade de Ann Arbor (Michigan, EUA), uma liga de amantes de livros está começando a se formar para impedir a livraria Shaman Drum de fechar as portas. Em uma carta enviada a toda a lista da livraria na última sexta-feira e discutida na capa do periódico Ann Arbor News no dia seguinte, a professora de Inglês da Universidade de Michigan, Julie Ellison, alerta que a livraria de 29 anos está morrendo. Ellison e os cossignatários da carta, entre eles os poetas Robert Hass e Robert Pinsky, o livreiro Richard Howorth, da livraria Square Books e mais 40 moradores de Ann Arbor propõem soluções que serão discutidas com Pohrt esta semana.

terça-feira, 17 de março de 2009

Uma nova ferramenta de busca surge e pode rivalizar com o Google


Uma nova ferramenta de busca surge no mercado. Kosmix, uma nova e bem financiada empresa do Vale do Silício, é muitas vezes descrita em blogs e sites de notícia como uma ferramenta de busca que um dia pode rivalizar com o Google.
Por mais lisonjeira que essa noção possa parecer, ela irrita Venky Harinarayan e Anand Rajaraman, os fundadores da Kosmix. E não é porque outras novas empresas com assertivas similares ficaram irrisoriamente aquém das expectativas. É porque a Kosmix está tentando fazer algo bem diferente da tradicional busca na web.


quinta-feira, 12 de março de 2009

12 de março - Dia do Bibliotecário

Dia 12 de março comemora-se o Dia do Bibliotecário e o CRB8 já preparou a programação da semana que contará com várias atividades em São Paulo.
O Bibliotequices e Afins homenageia esse profissional que - mesmo com todas as adversidades que enfrenta - ama o que faz!
Parabéns bibliotecários de todo o Brasil que batalha diariamente tentando fazer o melhor pela informação tentando levar a cultura a toda uma sociedade que ainda não aprendeu a valorizar esse, que é sem dúvida, um dos profissionais de mais valor atualmente afinal, informação hoje vale ouro. E só quem trabalha essa matéria prima facilitando, filtrando, disponibilizando a todos os demais profissionais é que sabe o quanto nós trabalhamos nos bastidores para que outros possam brilhar. Apesar da sociedade brasileira ainda não conseguir enxergar seu valor, nós sabemos e respeitamos sua posição e colocação em todas as comunidades seja ela educacional, seja na área da saúde, na área jurídica e demais áreas. E, como a vida não é só trabalhar, aproveitem e participem das comemorações que acontecerão em todos os lugares.

13/03/2009

Palestra com o Profº Dr. Ezequiel Theodoro da Silva
Local: Auditório do Museu da Língua Portuguesa de São Paulo
Endereço: Praça da Luz, s/nº - 3º andar - SP
Horário: 19h as 22H

terça-feira, 10 de março de 2009

Novas bibliotecárias veem além das estantes

Ao receber essa notícia retirada da Folha de S.Paulo pelo nosso diretor pedagógico, fiquei com uma "pontinha de inveja branca" dessas profissionais que tem esse espaço e condições para desenvolver esse tipo de trabalho. E ainda por cima numa escola pública! Quando chegaremos lá heim? Ainda mais que li esse artigo após ler o boletim do nosso sindicato falando sobre a reunião com representantes do governo de São Paulo que continuam a ignorar a presença do profissional bibliotecário nas salas de leitura que pretendem criar nas escolas. Simplesmente lamentável...Mas não pensem vocês que desisti não! Muito menos a grande maioria que trabalha na área. Vamos continuar a lutar e pressionar até que uma luz ilumine essas mentes que governam para que enxerguem o real valor desses profissionais da informação.

Por MOTOKO RICH (New York Times)

Era o momento de aprendizado que Stephanie Rosalia esperava. Um grupo de alunos da quinta série se reuniu em torno de laptops na biblioteca da escola, supervisionados por Rosalia, e investigou o site Allaboutexplorers.com. Sem que as crianças soubessem, o site estava intencionalmente recheado de informações falsas. Rosalia, bibliotecária da Escola Pública 225, de ensinos fundamental e médio no Brooklyn, recomendou cautela. A maioria dos estudantes a ignorou, como ela sabia que fariam. Mas Nozimakon Omonullaeva, 11, percebeu algo estranho em uma página sobre Cristóvão Colombo. "Diz aqui que os indígenas gostaram dos telefones celulares e computadores trazidos por Colombo!", exclamou Nozimakon, apontando para a tela. "Isso está errado." Foi uma descoberta essencial em uma lição sobre a confiabilidade -ou não- da informação na internet, uma das muitas que Rosalia ensina em seu trabalho como um novo tipo de bibliotecária escolar. Rosalia, 54, faz parte de um crescente quadro de especialistas em multimídia que ajudam a orientar os estudantes em meio ao oceano digital de informação com que eles se defrontam diariamente. "Acabaram os dias de apenas organizar livros nas prateleiras", disse Rosalia, que está na escola há quase seis anos. "Esta é a era da informação, e a tecnologia trouxe toda uma nova geração de práticas." Alguns desses bibliotecários ensinam as crianças a desenvolver apresentações em PowerPoint ou criar vídeos on-line. Outros fazem os estudantes usarem as redes sociais na internet para discutir temas históricos ou comentar as redações de colegas de classe. Mas, enquanto os bibliotecários cada vez mais ensinam aos alunos técnicas cruciais necessárias não apenas na escola, mas também no trabalho e na vida cotidiana, muitas vezes eles são as primeiras vítimas dos cortes de gastos nas escolas. Em Spokane, Washington, o distrito escolar cortou as horas de seus bibliotecários em 2007, provocando a revolta dos pais. Mais de 90% das escolas públicas americanas têm bibliotecas, segundo estatísticas federais, mas menos de dois terços empregam bibliotecários formados em tempo integral. Lisa Layera Brunkan, mãe de três filhos em Spokane, disse que reconheceu a importância da bibliotecária escolar quando sua filha, na época com sete anos, começou a demonstrar um projeto em PowerPoint. "Ela disse: 'A bibliotecária me ensinou'", lembrou Brunkan. "Fiquei surpresa." Na escola 225, Rosalia enfrenta desafios especiais. Mais de 40% dos alunos são imigrantes recentes. As barreiras linguísticas a obrigam a moldar sua coleção de livros para leitores que podem estar na sétima série, mas ainda leem em um nível de segunda série. Rosalia se apresentou para seus novos colegas como a "professora de alfabetização informática" e convidou os professores a colaborar nas aulas. As primeiras sessões se concentraram em encontrar livros e bancos de dados e em técnicas básicas de pesquisa. Logo Rosalia avançou para aulas sobre como fazer perguntas mais sofisticadas durante projetos de pesquisa, como decodificar os endereços na internet e como avaliar os autores e as tendências do conteúdo de um site. Nem todos os esforços de Rosalia envolvem tecnologia. Recentemente, Gagik Sargsyan, 13, entrou na biblioteca e abriu um laptop para pesquisar para um trabalho de estudos sociais sobre as décadas de 1930 e 40. "Você já procurou em algum livro?", perguntou Rosalia. Uma expressão de terror dominou o rosto de Sargsyan. "Não", ele disse. Rosalia foi até uma prateleira e voltou com uma pilha de livros sobre o edifício Empire State, a moda nos anos 1930 e a vida durante a Grande Depressão. Mas ela entende a atração da internet. Falando no ano passado para uma classe de uma dúzia de alunos da sétima série que emigraram recentemente de Rússia, Geórgia, China e Iêmen, Rosália se esforçou para se comunicar. "Temos jornais em todas as suas línguas", disse. E virou-se para o quadro-branco digital. Quando ela clicou na página inicial do "Izvestia", jornal de Moscou, os russos do grupo aplaudiram. "Alguém gosta de livros?", perguntou Rosalia. Vários alunos olharam para o espaço. Então Rosalia abriu o site da revista "Teen People" e Katsiaryna Dziatlouskaya, 13, imediatamente reconheceu uma foto da atriz Cameron Diaz. Rosalia sabia que tinha feito contato. "Vocês podem ler revistas, jornais, ver fotos, programas de computador, websites", disse Rosalia. "Podem fazer o que quiserem, mas têm de ler. Estamos combinados?" Leia no original

segunda-feira, 9 de março de 2009

Inclusão social - Blogagem coletiva



É com um enorme prazer que recebi o convite e aceitei de imediato participar dessa blogagem coletiva feita pela nossa amiga virtual Esther, do blog Esterança

Atualmente um assunto que sempre vem à baila em qualquer roda de conversa é a inclusão social. Desde que o homem surgiu na Terra e começou a viver em sociedade, vemos o forte se sobressair sobre o mais fraco e o mais rico ter mais vantagens sobre o mais pobre. Isso nunca foi novidade e até bem pouco tempo fazia parte da normalidade da vida de todos. Sempre se teve a errônea idéia de que isso era "problema do governo e não nosso". Contudo, nas últimas décadas, mais e mais pessoas estão se conscientizando que todos sem excessão, têm direito a viver bem, tendo estudo e chances de bons empregos e demais comodidades que a vida moderna possa oferecer a todos. Me enquadro nesse grupo pois acho inconcebivel que ainda hoje em pleno meados de século 21 ainda tenha tantas e tantas pessoas vivendo às margens da sociedade, sobrevivendo de migalhas que os demais possam deixar. A miséria humana é uma vergonha em qualquer sociedade que se diga "humana" e consciente dos direitos humanos inerentes a todos.

Lemos jornais, assistimos aos noticiários na TV, navegamos pela internet em busca de informações do mundo e nos chocamos cada vez que deparamos com a miséria e a forma indigna de tantos e tantos indivíduos - seja na África, Oriente Médio, Ásia. No entanto, vivemos pacificamente com a miséria bem ao nosso lado em nosso dia-a-dia. Aqui no Brasil, esse imenso país continente, com excessão das grandes metrópolis, o quadro que temos é de comunidades vivendo abaixo da pobreza, sem perspectivas de melhora, sem estudo, sem estrutura mínima de uma vida mais confortável.


Trabalhando na área educacional há 18 anos, cada vez mais me conscientizo que somente através da educação - da boa educação - é que poderemos modificar esse quadro que ainda está tão longe do ideal. Porisso focarei mais na inclusão escolar.

De acordo com a Declaração de Salamanca, "toda criança tem o direito fundamental a educação e deve ter a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem".Tudo muito bonito, políticamente correto mas...tão distante da realidade...

As escolas foram obrigadas a acatar essa lei de inclusão mas pouquíssimas se prepararam e instruiram seu quadro de funcionários (administrativo e pedagógico) para receberem todas as crianças e jovens com deficiências. As próprias faculdades de pedagogia não estão preparadas nem preparam seus alunos - futuros pedagogos - a entender as diversas deficiências físicas e mentais e, principalmente a superarem qualquer tipo de preconceito que por ventura tenham.

Aliás, o preconceito e a discriminação é algo que tem que ser trabalhado, esclarecido e combatido em toda a sociedade para que assim, a educação seja purificada desse mal e possam formar futuros cidadãos sem nenhum ranço de preconceito.

Falando dessa maneira, pode até parecer a primeira vista que sou uma sonhadora, utópica mas não se trata disso de jeito nenhum. Observando os vários países que se encontram numa condição de excelência, observamos que só mudaram seu quadro após investirem de forma massiva na educação. Acompanhe meu raciocínio: Investindo na educação, em poucos anos teremos jovens bem instruidos, cultos e com condições de enfrentarem um mercado de trabalho que está cada vez mais seletivo. Isso faz parte de uma corrente e de um efeito dominó. Pessoas instruidas, pessoas em condição de exercerem cargos importantes em vários pontos de uma sociedade. Pessoas instruidas, pessoas conscientes de sua condição de cidadão, cônscias de seus direitos e deveres. Concordo que não é fácil mudar uma cultura que já perdura desde a colonização mas, é chegado uma hora em que se deve crescer e já está mais do que na hora da sociedade brasileira sair dessa já espichada "adolescência" e partir para uma fase adulta, responsável e ativa. E a educação se insere nisso.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Bibliotecas: UFES compra acervo de livros esportivos

Uma ótima notícia para profissionais da área esportiva:

(Notícia retirada do PublishNews, 05/03/2009)
Um tesouro guardado por décadas e que registra a história dos esportes ao longo de todo o século XX ganhará um novo endereço, relata matéria da Gazeta on line. O melhor é que este local é bem próximo do alcance dos capixabas interessados no assunto. Isso porque o Centro de Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) comprou um acervo com cerca de cinco mil livros voltados para a história e técnicas esportivas, investindo aproximadamente R$ 42 mil. As relíquias pertenciam ao professor e mestre em Educação Física Mário Cantarino, de 79 anos, que levou 60 anos para montar a biblioteca particular especializada em esporte. De acordo com a matéria, em 2008, Cantarino divulgou na Internet a vontade de vender o acervo para algum centro universitário. E vários deles entraram em contato com o professor, mas a UFES levou o acervo. Todos os exemplares são sobre esporte, e vão desde visões bem antigas, como um livro de 1889 com exercícios sobre educação física, até obras atuais.

Feira de troca de livros e gibis 2009

Recebi a notícia através da Elza, uma amiga e colega de profissão e deixo aqui a dica para esse final de semana:
Começa no próximo dia 8, das 10h às 15h, no Parque Buenos Aires, a edição 2009 da Feira de Troca de Livros e Gibis. Coordenada pelo Sistema Municipal de Bibliotecas, a atividade teve início em 2007, quando somou cerca de 10 mil trocas e ocorreu em três parques municipais. No ano seguinte, o projeto foi ampliado para oito parques e realizaram-se 25 mil trocas entre livros e gibis. Veja a programação completa:

quarta-feira, 4 de março de 2009

Biblioteca Mario de Andrade - um antigo caso de amor

(Foto de Marcos Mendes)
Tenho por essa biblioteca um carinho muito grande e, na mesma proporção, uma tristeza de vê-la sempre aquém do que poderia ser. Conheci a Biblioteca Mario de Andrade na década de 90 quando iniciei o curso de arquitetura. Ao precisar fazer um trabalho, fiquei sabendo de sua existência e fui até lá para conhecê-la. Fiquei deslumbrada com sua oponência, sua arquitetura, seus detalhes...Ao entrar na sala onde ficava o acervo de artes, fiquei mais admirada ainda. Contudo, minha admiração pouco a pouco foi sendo substituida por um pesar muito grande.

Infelizmente, as pessoas que ali trabalhavam demonstravam um total desprezo pelos usuários e por tudo que ali estava. Sempre mal humoradas, não davam atenção devida aos que ali apareciam solicitando orientação e ajuda. Lembro-me de uma senhora que vivia a reclamar e a dizer que não aguentava mais trabalhar naquela espelunca e que não via a hora de se aposentar.

Como naquela época eu já sabia me virar dentro de uma biblioteca, jamais precisei de suas orientações mas ficava muito triste ao presenciar alunos de escolas públicas que por ali passavam precisando fazer pesquisa escolar e sendo tão mal tratados por essas pessoas. Resumindo: esses alunos saiam da biblioteca sem pesquisa feita e ainda por cima com uma imagem péssima de todos que trabalham em uma biblioteca. Isso me incomodava e muito. Até que chegou um belo dia em que ao presenciar mais um dos destratos dessa senhora, ao entregar os livros que estava usando perguntei com toda a educação:

-Minha senhora, outro dia ouvi dizer que estava prestes a se aposentar. É verdade?

-Sim menina é verdade. Falou a digníssima sem nem ao menos me olhar.

-Falta muito?

-Não, graças a Deus, me aposento daqui alguns meses.

-Humm...fico feliz por você. E mais feliz ainda em saber que um dia voltarei aqui e não vou mais me deparar com tanto mal humor e destrato com os usuários daqui. Desejo tudo de bom pra senhora. Retorno daqui alguns meses também. Tchau!!

A senhora ficou com cara de tacho pois não esperava minha resposta e acredito eu, nem contava com toda a minha delicadeza em dizer-lhe o quanto ela era desagradável com os outros.
Sai de lá e só voltei a por os pés naquela biblioteca anos mais tarde quando minha vida deu uma reviravolta e passei a cursar biblioteconomia e tive aulas de estágio aos sábados. A emoção foi a mesma e a tristeza continuou a mesma também. Não querendo criticar mas já criticando, hoje sou uma profissional da área e procuro sempre na medida do possível exercer minha profissão com amor, carinho, dedicação e acima de tudo, respeito pelo usuário. Esse é o nosso grande, único e importante cliente ao qual devemos tudo pois sem eles, a biblioteca não tem razão de existir. Pena que nem todos os profissionais pensem como eu. Fazendo esse estágio lá, tinha a rara oportunidade de conhecer um pouco do rico e imenso acervo e fiquei maravilhada com tudo.
Esse pequena (e imensa introdução) foi para falar um pouco sobre a questão da infestação dos livros que me deixou abismada e com uma dor imensa no coração. Mais uma vez observo uma riqueza intelectual e cultural indo pelo ralo em nossa sociedade que continua a não dar a devida importância aos livros e ao que eles representam na história da humanidade. Por outro lado, também aproveito para noticiar a medida que foi tomada para que se elimine essa praga nos livros do acervo da Mario de Andrade. Afinal, foram mais de 200 livros a serem infestados por brocas que podem acabar com esses livros caso não se tomem providencias. E essa providência chegou e me deixou muito feliz. Espero sinceramente que essa seja uma das inúmeras medidas em benefício dessa biblioteca que representa a cidade de São Paulo e que merece o cuidado e o carinho necessários de todos que a frequentam, precisam e gostam da boa leitura e da boa informação. São Paulo merece uma biblioteca que a represente a altura. Fico no aguardo e na esperança de vê-la recuperada dessa enorme reforma e com seu acervo a salvo.
Para saber mais sobre as medidas de recuperação desses livros Leia Mais

terça-feira, 3 de março de 2009

Blogagem Coletiva - Inclusão Social

Recebi o convite e aceitei com o maior prazer em falar de um tema que está cada vez mais em pauta em todos os meios de comunicação: Inclusão Social. Faço aqui um convite a todos que por aqui passarem para fazer parte dessa blogagem que será no dia 09/03/2009 onde todos que participarem, falarão a respeito desse tema, deixarão sua opinião sobre como resolver e cada um deixará sua marca pessoal afinal, uma das coisas mais legais dessas blogagens coletivas é justamente a identidade de cada blogueiro e a chance de conhecermos o trabalho de outras pessoas e ampliar nossa rede de amizades. Para maiores informações sobre essa blogagem, acesse o blog da Ester