quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Feira de troca de livros e gibis em Sampa continua em 2011

Sucesso de público desde sua criação, a Feira de Troca de Livros e Gibis de São Paulo continuará sendo realizada em 2011. O principal objetivo do evento é oferecer ao público a oportunidade de renovar suas bibliotecas pessoais sem custo. Confira a programação deste ano.

Coordenada pelo Sistema Municipal de Bibliotecas, a Feira de Troca de Livros e Gibis teve início em 2007, quando somou cerca de 10 mil trocas em três parques municipais. Em 2008 e 2009, o projeto foi ampliado para oito parques e em 2011 ele acontece em 10 parques. O principal objetivo do evento é oferecer ao público a oportunidade de renovar suas bibliotecas pessoais sem custo. A única recomendação é que os livros não sejam didáticos e estejam em bom estado.

Os freqüentadores terão à sua disposição mesas separadas da seguinte forma: literatura geral, literatura infanto-juvenil, gibis e troca com a mesa. Nessa última, o leitor pode depositar um título e pegar outro que esteja disponível. A ideia é que as mesas funcionem como pontos de encontro para os apreciadores de determinado gênero. As trocas podem ser realizadas também entre os próprios frequentadores.

A atividade é gratuita e não há limite de idade. Confira a programação

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Grades em bibliotecas reacendem polêmica

(Notícia retirada do Publishnews, 21/02/2011)

A reinauguração da Biblioteca Mário de Andrade reacendeu uma velha polêmica paulistana: espaços públicos devem ou não ser protegidos por grades? Isso porque o projeto de restauro da histórica biblioteca previa nos fundos uma área externa ligando a biblioteca à Praça Dom José Gaspar, sem grades rodeando a construção. O prédio ficou tinindo, mas as grades continuam lá. "O projeto ficou incompleto", lamenta o arquiteto José Armênio de Brito Cruz, sócio do Piratininga e um dos autores da obra. "Havíamos previsto um diálogo do prédio com a cidade. Botar cerquinha em volta faz com que o prédio, apesar de público, não interaja com o entorno." A Secretaria Municipal da Cultura justifica que a decisão de manter as grades foi para proteger o paisagismo realizado ali - ao custo de R$ 500 mil. [Mais sobre o assunto em Os espaços públicos da cidade precisam ser cercados?]

Machado na web

(Notícia retirada do Publishnews, 21/02/2011)

Memorial de Aires é o 9º romance de Machado de Assis a ganhar uma edição online com links e notas explicativas no site, informa a coluna No Prelo. A página, mantida por um grupo da Casa de Rui Barbosa coordenado por Marta de Senna, abriga ainda um banco de dados de citações e alusões feitas nos textos de Machado, além de ensaios sobre sua obra.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Como descobri esse templo


Após uma corrida louca para encontrar um emprego que me possibilitasse manter a faculdade de arquitetura, recebi o convite para trabalhar numa biblioteca escolar de um colégio próximo de onde morava. Na época, não fazia idéia do que se fazia em uma biblioteca. Muito menos numa biblioteca escolar. Pensei bastante e decidi marcar uma entrevista com a bibliotecária responsável por ela.

Ao chegar a tal biblioteca, achei-a pequena, acanhada e muito desorganizada. A bibliotecária me falou sobre a rotina dali e achei que não teria problemas em aprender o serviço. Como estava mesmo precisando de dinheiro para me manter, aceitei.

Resolvida todas as questões trabalhistas entre entregar os documentos necessários, fazer os exames solicitados e a total aprovação da diretoria do colégio, finalmente chegou o meu primeiro dia de trabalho nela.

As 7h30 da manhã, adentrei os portões da escola, segui até a recepção e me anunciei. Imediatamente a moça me passou as chaves da biblioteca e me entregando os jornais do dia falou que já podia subir.

O meu primeiro contato com os jovens foi atravessando o pátio em direção ao prédio onde ficava a biblioteca. Foram tantos olhos curiosos me medindo e fazendo uma avaliação sobre a nova auxiliar de biblioteca. Isso, ao mesmo tempo que me trouxe uma insegurança, trouxe um calor diferente que nunca havia sentido.

Já dentro do recinto, guardei minha bolsa e comecei as aventuras pelos corredores de livros empilhados, muitas caixas pelos cantos, duas mesas abarrotadas de papéis e mais livros. Pensei comigo: E agora? O que faço? Liguei para a secretaria e perguntei a que horas a bibliotecária chegaria. Qual não foi minha surpresa ao saber que ficaria a manhã inteira sozinha e que, em dez minutos, o sinal do recreio soaria e muitos alunos viriam à biblioteca. O pânico tomou conta de mim. O que faria quando inúmeros alunos invadissem a biblioteca em busca de livros, pedindo pesquisas e eu não sabia de nada! Tomada por esses pensamentos, me vi de repente com vários pares de olhos aguardando resposta a algumas perguntas que já haviam feito e eu nem tinha ouvido nada por conta de meu nervosismo.

-Tia, por favor! Empresta-me o livro de matemática!

-Tia, rápido! Me dá o livro de biologia! Rápido, ainda não lanchei!

-Tia, por favor! O livro de geografia!

Tia, tia , tia! Meu Deus! O que faço! Não sei que livros são esses, nem onde ficam!

Após alguns segundos que valeram por uma eternidade, falei a todos que era nova e que não sabia que livros eram esses, nem onde ficavam. Então, um garoto falou:

- Ah! Sem problemas! A gente sabe onde ficam. Olha, o meu, de matemática, fica naquela estante azul e o livro é verde com uma calculadora na capa.

Imediatamente segui sua indicação e procurei o tal livro. Para minha felicidade, achei-o e entreguei ao garoto que me falou:

- Moça, você precisa fazer o empréstimo de uma semana pra mim. Olha, tá vendo essa caixa de acrílico cinza? Ai na mesa? Então, minha ficha fica aí, a senhora pega, anota o número do livro e a data de devolução. É fácil!

- Ah! Me chamo Francisco Gomes da Silva. A fichinha tá pelo sobrenome.

Corri para a tal caixinha e procurei sofregamente a tal ficha. Achei, anotei, e entreguei o livro ao garoto agradecendo. E assim, sucedeu os demais empréstimos da manhã. Todos me ajudando a localizar o livro e, em tempo recorde, aprendi minha primeira grande lição de minha profissão: fazer um empréstimo de livro.

Quando as 14h00, chegou a bibliotecária, ela me olhou curiosa e perguntou:

- Oi! Tudo bem? Como foi sua manhã? Algum problema?

- Boa tarde chefe! Está tudo muito bem! Minha manhã foi magnífica e aprendi muitas coisas hoje.

- É mesmo? O quê?

- Solidariedade!

- Ah!...Certo. A propósito, desculpe-me não estar aqui hoje cedo para te orientar em seus afazeres. Tive outro compromisso. Venha, vou te mostrar como se faz empréstimo de livros e te mostrar as estantes e onde se encontram as classificações dos livros.

- Não precisa não! Já vi tudo pela manhã e aprendi a fazer empréstimo. Hoje pela manhã já fiz vários. Pode conferir. Estão todos aqui.

Entre espantada e curiosa, a bibliotecária verificou meu serviço e certificou-se que estava tudo correto. Elogiou-me dizendo que era esperta, inteligente e que aprendia fácil e rápido as coisas.

Sorrindo, pensei com meus botões que aqueles garotos e garotas foram de uma atitude solidária comigo que não havia visto em nenhum lugar que tinha trabalhado. Esse meu primeiro contato com eles foi, hoje tenho certeza, fundamental pela futura escolha de minha profissão. Pela primeira vez, me senti acolhida e aceita de imediato pelas pessoas. Pela primeira vez, num ambiente profissional, me senti em casa!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Crônicas de uma biblioteca escolar

Andei por uns tempos um pouco desencantada com meu espaço aqui do Bibliotequices e Afins. Chegou uma hora em que me via apenas repassando o que outros blogs ou sites já haviam anunciado. Me senti como um papagaio reproduzindo o eco de outros. Isso me deixou bem desanimada e no final de ano quase que acabei com o blog. No entanto, bateu aquela dor no coração de acabar com minha "cria" tão querida. Então fiquei a pensar no que poderia fazer de diferente para dar uma renovação nele. E lembrei-me de vários textos que já tinha feito com o propósito de reunir e lançar futuramente no formato de livro. E então pensei: Por que não lançar as crônicas por aqui? Afinal, que espaço melhor para falar do cotidiano de uma biblioteca escolar que esse blog que procura justamente falar sobre ela. Então decidi e a partir de hoje, sempre postarei um capítulo desse trabalho já praticamente pronto toda semana. Espero que gostem, mandem sugestões, críticas se houver enfim, manifestem algo sobre os textos. Vou gostar bastante dessa interatividade.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SM convida professores e bibliotecários para uma conversa sobre leitura

(Notícia retirada do Publishnews, 09/02/2011)

O projeto “Encontros na Biblioteca”, da Fundação SM e da Biblioteca Infanto-juvenil Monteiro Lobato (Rua General Jardim, 485 – Vila Buarque – São Paulo/SP), já está com a programação fechada. Os encontros, realizados na própria bliblioteca entre 9h e 13h, são destinados a professores, bibliotecários e outros profissionais da área. No dia 25 de fevereiro, Chico dos Bonecos, Marisa Lajolo e Ilan Brenman falam sobre o tema “Leitura na escola”. As vagas são limitadas e as inscrições, gratuitas, devem ser feitas por e-mail (informar nome completo, telefone para contato e nome da instituição onde atua). Os participantes recebem certificados.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Globo News fala sobre a promoção da leitura através das bibliotecas digitais

A biblioteca tem sido motivo de matérias jornalísticas nos últimos tempos. Que bom! Espero que daqui pra frente isso se repita mais e mais. A Globo News fez uma matéria sobre bibliotecas digitais e fiquei contente em ver nossa biblioteca sendo apresentada. Mesmo que numa aparição bem rápida e com algumas falhas de informação. Coisas de TV. A matéria discutindo sobre a importância das bibliotecas digitais que leva a quem não tem acesso próximo, livros, revistas e demais documentos com rapidez mostra o quanto esse serviço será cada vez mais consultado.