Um espaço para falar sempre do mundo das bibliotecas escolares, livros, leituras, educação e tudo o que se relaciona a elas
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Um pouco sobre literatura juvenil
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Habilidade com a leitura e a escrita
Estado de Minas, 14/02/2006 - Belo Horizonte MG
O conceito de letramento, muito divulgado no Brasil, nas pesquisas da área de educação pela professora Magda Soares (entre outras), deixou de lado o contraste entre pessoas que sabem e que não sabem ler. O letramento considera graus de intimidade do indivíduo com materiais de escrita e de leitura. Para não assustar ninguém, é bom deixar claro que o letramento é algo que está em nosso dia-a-dia. Nada mais é do que parte de nossa necessidade diária de ação pela linguagem, especialmente lendo e escrevendo.
Quando alguém sabe ler, mas não consegue compreender sequer textos curtos, essa pessoa pode ser alfabetizada, mas tem um nível de letramento muito baixo. Esse nível pode aumentar à medida que o indivíduo aprende a lidar com mais e diferentes materiais de leitura e de escrita. Quanto mais textos alguém é capaz de ler e entender, mais letrado é. Assim também funciona com a escrita. Quanto mais material escrito alguém é capaz de produzir, mais letramento tem. E não adianta produzir apenas em quantidade. É preciso ampliar o leque de possibilidades, ou seja, ler muitas coisas diferentes e saber o que fazer com elas.
Por exemplo: você é capaz de ler bem uma tirinha? Sabe lidar com o texto do rótulo de uma lata de ervilhas? Consegue produzir um bom bilhete para um familiar? Pode se mover na cidade lendo as placas de rua? Sabe como procurar informações numa bula de remédio? Então você tem letramento suficiente para o dia-a-dia. O caixa eletrônico do banco é mais uma possibilidade de letramento. Já que está numa máquina, ficou sendo chamado de letramento digital. As pessoas que entraram nesse tipo de letramento podem atuar na linguagem por meio da leitura e da escrita de textos produzidos no e para o computador, estejam eles na internet ou nos programas de produção e leitura de material textual.
Uma instituição de ensino é a responsável, em grande medida, pelo aumento do letramento das pessoas. É lá que o indivíduo deixa de ler e escrever apenas os textos do dia-a-dia e passa a ter contato com materiais elaborados de maneira diferente, às vezes mais complexos e menos comuns no cotidiano. Na escola, aprendemos a escrever as famosas dissertações. Na faculdade, chovem os resumos, as resenhas e as tenebrosas monografias. Os artigos científicos tornam-se a leitura predileta de quem resolve se especializar na carreira. E, mais tarde, para quem se aprofunda, chegam as dissertações e teses. A leitura literária faz parte da ampliação do letramento. Tudo isso faz aumentar, também, a quantidade e a qualidade das informações na nossa memória, ou seja, nossa bagagem cultural. Isso é letramento. E quando alguém também domina os textos feitos na e para a tela do computador, isso é letramento digital.
Quando o indivíduo entra numa agência bancária e não consegue lidar com as orientações escritas na máquina, é preciso introduzi-lo nessa nova possibilidade de leitura. As escolas, há vários anos, têm oferecido computadores e laboratórios de informática aos alunos para que todos tenham acesso às novas maneiras de ler e escrever. No entanto, nem sempre apenas as máquinas bastam. É preciso que o professor planeje uma nova maneira de dar aulas, um novo jeito de ensinar, com novas tecnologias. Isso é aumentar o letramento e entrar no mundo das possibilidades digitais.
Ana Elisa Ribeiro é professora do Centro Universitário UNA, doutoranda pela UFMG e autora de Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas.
"Ler é bom. experimente!"
Projeto “Ler é Bom, Experimente!” abre inscrições e oferece gratuitamente livros e material didático
O projeto de incentivo à leitura “Ler é Bom, Experimente!", que tem o patrocínio da Companhia de Seguros Aliança do Brasil e o apoio do Ministério da Cultura, está com as inscrições abertas até o dia 31 de março.O programa é voltado às escolas da rede pública de todo o país, com turmas a partir da 6ª série do ensino fundamental e tem o objetivo de incentivar o hábito da leitura e escrita, estimular a criação de textos, performances, discussões e debates em sala de aula. Criado em 2000, pelo escritor Laé de Souza, a iniciativa já atingiu cerca de 1.000 escolas com a participação de 40 mil alunos em todo o país. “Despertar o interesse pela leitura pode ser um grande incentivo para que os alunos procurem outros títulos, adquirindo uma melhor formação e aprendizado como cidadãos”, diz o diretor de administração e controle da Companhia de Seguros Aliança do Brasil, Alencar Rodrigues Ferreira Junior. Em 2008, 500 escolas participarão do projeto e receberão gratuitamente 38 exemplares do livro de crônicas “Nos Bastidores do Cotidiano” e material didático: folhas pautadas para redação, questionários e Manual do Professor com sugestões para dinamizar a leitura em sala de aula e plano de aplicação do projeto. Na etapa final, os alunos que apresentarem os melhores trabalhos serão premiados com outra obra do autor. As obras utilizadas no projeto são “Nos Bastidores do Cotidiano”, “Acontece...” e “Espiando o Mundo pela Fechadura”, crônicas de autoria de Laé de Souza publicadas pela Editora Ecoarte. Os textos retratam o cotidiano de pessoas comuns, situações inusitadas e personagens marcantes, sempre com abordagem bem-humorada e leve, embora crítica, e linguagem coloquial, o que facilita a compreensão dos textos.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Hoje garimpei esse texto!
Clarice Fortkamp Caldin
INTRODUÇÃO
O PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO DE BIBLIOTECA ESCOLAR
CONSIDERAÇÕES
Clarice Fortkamp Caldin
Rev. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 10, n. 2, p. 163-168, jan./dez., 2005.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Anuidade
RESOLUÇÃO CFB N.º 83 DE 18 DE SETEMRO DE 2007.
Dispõe sobre fixação de anuidades e taxas a serem pagas pelas Pessoas Físicas e Jurídicas inscritas nos Conselhos Regionais de Biblioteconomia, para o exercício financeiro de 2008 e dá outras providências.
O Conselho Federal de Biblioteconomia, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 4.084, de 30 de junho de 1962, regulamentada pelo Decreto nº 56.725, de 16 de agosto de 1965, resolve:
Art.1º - Fixar para o ano de 2008 o valor de anuidade a ser paga aos Conselhos Regionais de Biblioteconomia, da seguinte forma:
I – Pessoa Física: R$263,75
II – Pessoa Jurídica:Capital Social AnuidadesAté R$500,00 R$80,96De R$501,00 a R$2.500,00 R$164,49De R$2.501,00 a R$4.500,00 R$245,46De R$4.501,00 a R$10.500,00 R$327,71De R$10.501,00 a R$50.000,00 R$408,66De R$50.501,00 a R$100.000,00 R$492,20Acima de R$100.000,00 R$819,90
Parágrafo Primeiro - O pagamento integral da anuidade de 2008 de pessoas física e jurídica, efetuado até 31.01.2008 terá desconto de 20% (vinte por cento); até 28.02.2008, de 15% (quinze por cento) e até 31.03.2008, de 10% (dez por cento).
Parágrafo Segundo – Em caso de parcelamento da anuidade, as parcelas obedecerão aos seguintes critérios:
a) Parcelamentos que se firmarem antes de 31/03/08: as parcelas vencidas até 31/03/08 não sofrerão qualquer acréscimo de juros, multa ou correção monetária, sendo que as parcelas que se vencerem após 31/03/08, sofrerão incidência de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária pela variação mensal do IPCA/IBGE;
b) Parcelamentos firmados após 31/03/08: as parcelas sofrerão acréscimo de multa de 10% (dez por cento) sobre o valor da anuidade, juros de 1% (um por cento) ao mês e incidência de correção monetária pela variação mensal do IPCA/IBGE.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Bibliotecário é arquiteto da informação, sabia?
Por Katyusha Souza
A popularização de equipamentos eletrônicos tem contribuído para o crescimento da internet e da tecnologia utilizada por ela. A internet cada vez mais popular, mais fácil e acessível por meio de banda larga, o que facilita a navegação, já está em escritórios, cafés, bares, em casa, aviões, shoppings, universidades, escolas, além das residências e ocupando um espaço cada vez maior no cotidiano das pessoas.
Mas a tecnologia ainda é vista com olhos desconfiados por grande parte dos profissionais da biblioteconomia. A internet, especialmente, é um desafio que poucos se propõem a enfrentar.
Essa atitude auxilia na exclusão do bibliotecário do mercado de trabalho relacionado à internet e é ruim para a profissão. Isso porque o foco do bibliotecário deixou de ser somente o suporte (o livro) para abranger o acesso à informação (ou seja, a informação em todos os tipos de suporte).
Tendo essa idéia em mente, a informação na internet é um grande nicho que escapa das mãos destes profissionais, principalmente com relação ao tratamento e organização da informação em websites, astro principal na grande rede. Este trabalho, que cabe perfeitamente aos bibliotecários, tem ficado por conta de profissionais da área de jornalismo, publicidade, design de interfaces e análise de sistemas.
Organizar a informação, o fluxo de navegação de um website, trabalhar a hierarquia e categorização da informação na web são algumas das atividades exercidas pelo arquiteto de informação, o novo profissional que surge para fazer o que o bibliotecário faz em centros de informação.
Segundo Rosenfeld (2002, tradução nossa), co–autor do best–seller Information Architecture for the World Wide Web, a Arquitetura de Informação é a arte e a ciência de organizar, estruturar e categorizar a informação para torná–la mais fácil de encontrar e de controlar. Essa definição encaixa–se perfeitamente no papel e na função do bibliotecário, que segundo Milanesi (apud SOUZA, 2005) é descongestionar todas as vias de fluxo da informação.
Para Garrett, Information architecture is closely related to the concept of information retrieval: the design of systems that enable users to find information easily. But Web site architectures are often called on to do more than just help people find things; in many cases, they have to educate, inform, or persuade users. (GARRETT, 2004, p. 94).
Estas são exatamente as preocupações de um arquiteto de informação e a maioria dos designers não possui conhecimento ou experiência suficiente para tomar as decisões certas nestas questões.
Ora, em um paralelo, estas questões fazem parte da rotina de trabalho de um bibliotecário: trabalhar com hierarquia, categorização, fluxo da informação, facilidade de uso e acesso à informação. O bibliotecário, além destes conhecimentos precisa estar informado sobre as tecnologias que cercam sua rotina e precisa ter conhecimentos de editoração.
Além da estruturação, organização e categorização da informação, o arquiteto de informação lida também com questões de usabilidade e cognição, taxonomia, tesauros e vocabulário controlado. Ter um site na internet com muito conteúdo significa ter que organizar e categorizar muita informação e isso é o que a Biblioteconomia tem feito há tempos.
A máxima hoje é dizer que informação é poder, e com isso quanto mais informação, mais poder. Mas essa explosão informacional, que nos bombardeia dados, fatos e informações o tempo todo se não organizados e categorizados, nos traz o que Wurman (2003) chama de ansiedade de informação. Dados e fatos, para o autor, que não agregam conhecimento, não são informação e essa falta de conhecimento gera a ansiedade por não saber. Essa ansiedade só pode ser superada se aprendermos a reconhecer o que é compreensível e o que não é.
Em uma busca, o usuário que acessa a internet se depara com tanta informação, pertinente ou não, que muitas vezes não sabe por onde começar a procurar. E é aí que entra o arquiteto de informação, para organizar a informação e o fluxo de navegação, que é o que o bibliotecário faz em um centro de informação: organiza a informação de forma que ela seja facilmente recuperada e mapeia as formas de encontrá–la.
A partir de estudos sobre necessidades e comportamentos dos usuários que se deseja alcançar, o arquiteto planeja a organização da informação no site e seu fluxo de navegação utilizando critérios de usabilidade como facilidade de uso, baixa taxa de erros, eficiência, além da análise de processos de cognição, taxonomia na organização e hierarquização da informação.
Bem, este é o papel do bibliotecário em uma unidade de informação. A partir do perfil do usuário que se pretende atingir, o profissional da informação determinará toda a estratégia de serviços e produtos que irá oferecer, a rotina de trabalho, dentro outros. Ou seja, o bibliotecário é um profissional preparado para atuar nesta área em que atua o arquiteto de informação.
A diferença é o meio de atuação e as tecnologias envolvidas no desenvolvimento de cada um. O profissional se desenvolve de acordo com o meio em que atua. Se o bibliotecário for trabalhar na web, sua formação se voltará para as tecnologias que envolvem a área. [Webinsider]
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Olha nós aqui gentem!!!!
Mediador privilegiado : bibliotecário, que não está preso a currículo ou avaliação, é figura-chave
"Do bibliotecário espera-se uma atuação positiva como mediador de leitura. Diferentemente do professor, ele não está atrelado a currículos e avaliações, tendo portanto, maior liberdade para dialogar com o leitor e fazer proposições sem que este se sinta pressionado", confirma a educadora Mariza Russo, da UFRJ. No seu entender, essa ação tem ainda mais importância nas bibliotecas, predominantemente,por pessoas cujo poder aquisitivo não permite adquirir livros com freqüência. "Com isso, pode-se garantir oportunidades de transmissão cultural entre as gerações, além da ampliação das condições de desenvolvimento social dos leitores", avalia.
A bibliotecária Luciana Maria de Melo, por exemplo, foi a grande responsável pela transformação da Biblioteca do Colégio São José, em Santos (SP), com mais de 80 anos. "Era um amontoado de livros", admite ela, que largou outro emprego, em uma faculdade, para assumir a coordenação de um verdadeiro mutirão de trabalho. Em três meses, tudo estava reestruturado. "Dividimos a biblioteca com as obras de um lado e numa outra parte montamos um espaço de leitura e multimídia". O resultado foi imediato. A freqüência é cada vez maior e, além dos livros, ela oferece diversas atividades, como a presença de autores e de contadores de histórias. "Vivo lendo para as crianças,ajudando jovens a fazer pesquisas e indicando livros de forma personalizada", diz a mediadora.
Apenas vontade, porém, não basta. O bibliotecário também precisa de capacitação e de estrutura. No âmbito da formação, além da iniciativa do PNLL, merece registro o curso de biblioteconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lançado em 2006, o primeiro nessa área a oferecer a disciplina de Mediação de Leitura. "A grade curricular contempla as áreas de biblioteconomia e de gestão, pois os bibliotecários do século 21 precisam estar capacitados para administrar todos os recursos que integram as unidades de informação, assim como as pessoas, que constituem seu principal ativo", diz Mariza Russo, da UFRJ.
Para 2008, a UFRJ prepara um curso de extensão sobre mediação de leitura,a ser oferecido para bibliotecários e alunos de outras universidades,com o objetivo de resgatar esse espaço de atuação para esses profissionais.
No que concerne à estrutura, o Governo Federal está cuidando disso no recém-lançado Mais Cultura, programa do qual farão parte a programação do treinamento dos agentes de leitura do PNLL e a modernização de 4,5 mil bibliotecas públicas no Brasil. Vale lembrar que os 72.705 estabelecimentos do ensino infantil, fundamental e médio igualmente contamcom bibliotecas, que também estão no foco das ações dessa iniciativa. Segundo o Ministério da Cultura, 1.170 municípios não tinham bibliotecas em 2003. Hoje, falta levar esse espaço para 350 cidades.
E já estamos em 2008
"Divina Comédia" lidera em site literário
Crise da arte contemporânea, aparição do autor em obras atuais e até novela da Globo são causas do sucesso na opinião de especialistas
Clássico de Dante lidera o ranking de downloads