O mês de outubro é especial para todas as bibliotecas escolares. No entanto, ao mesmo tempo em que fico feliz por esse espaço ter um mês de festividade mundial, me bate uma tristeza e um certo desânimo quando penso no cenário nacional não só das bibliotecas escolares mas de todas em geral.
No entanto, sei que já existem bibliotecas públicas desenvolvendo coisas lindas junto à sua comunidade. Um caso bem legal é o da Biblioteca Monteiro Lobato (SP), que tem sua programação toda voltada para o infantil. É o caso também das bibliotecas temáticas que têm desenvolvido programas muito curiosos e de qualidade. Contudo, as bibliotecas escolares ainda se encontram numa situação bem crítica em nosso país. A começar pelo não reconhecimento de sua importância junto ao corpo pedagógico que muitas vezes a tem apenas como um espaço insalubre, feio e adequado para alunos em castigo por indisciplina. Local, na maioria das vezes inadequado para comportar uma biblioteca, quase sempre formado por móveis velhos, adaptados, sem nenhum cuidado com sua aparência e, infelizmente, com acervo velho, mal cuidado, desatualizado. O que contribui bastante para que o usuário - no caso o aluno - não sinta vontade em emprestá-lo para desenvolver suas pesquisas escolares. Outro ponto fraco nas bibliotecas escolares: sua equipe, isso quando ela existe. É incrível como ainda hoje, em pleno século XXI, a sociedade ainda não se deu conta da importância de um profissional qualificado no comando de uma biblioteca escolar. Veja bem, não tiro aqui o mérito de muitos professores que atuam nelas e que conseguem desenvolver trabalhos bem interessantes. Só que eles são minoria e, no quadro geral, costumam-se ter professores que por um motivo ou outro, se encontram "encostados" nas bibliotecas e que por tédio, falta de estímulo ou, simplesmente por não gostarem daquilo, transformam esse espaço em algo deplorável. Particularmente, já tive experiências bem negativas com esse tipo de profissional, o que só veio confirmar o que já pensava antes. trocando em miúdos e falando de forma bem popular: "Cada macaco no seu galho". Ou seja: professor dentro de uma sala de aula ensinando, bibliotecário desenvolvendo toda sua técnica dentro da biblioteca. É lógico que isso não impede que ambos desenvolvam projetos juntos. Aliás, isso é o que se deveria ver em todas as bibliotecas escolares. Esses dois profissionais trabalhando lado a lado nos projetos pedagógicos. Ambos empenhados em proporcionar ampla aprendizagem aos alunos. Estarei sonhando alto demais? Esperando demais? Não sei, acredito que não. Sempre apostei nas parcerias e essa é a que mais acredito. Só falta entre tantas outras coisas, um pouco de boa vontade de ambas as partes. Bom, mas vamos deixar essa "lenga-lenga" de lado que isso já foi discutido demais, até a exaustão e passemos para algo bem mais real: Nesse mês de outubro desejo mostrar por aqui, projetos de várias bibliotecas escolares espalhadas pelo mundo mas desejo dar ênfase aos projetos desenvolvidos por esse Brasil imenso que habitamos. Portanto, toda notícia sobre esses projetos e escolas que estejam fazendo algo na área, será bem vindo. Quem desejar me comunicar sobre seu projeto, esteja a vontade. Esse espaço será de vocês.
Vamos começar?
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