terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Viagem no tempo para entender a atualidade: usos e costumes

Ando um pouco saudosista ultimamente mas não de uma forma doentia e sim, de uma maneira agradável e leve. Temos nosso ritmo de vida tão atropelado por compromissos que quase nunca temos tempo de parar e aguçar nossa memória em busca de alguma lembrança boa que ficou guardada em nossas gavetas mentais. Há quanto tempo que não parava para lembrar minha infância, meus brinquedos e brincadeiras que eram tão comuns naquela época. Sou do tempo em que criança brincava na rua, se juntando aquela trupe enorme de outras crianças e que passavam o dia a inventar brincadeiras novas. Sou de um tempo em que criança saudável ficava a vontade de pés no chão, brincando com água, mexendo na terra, voltando para casa com a cara e a roupa imunda mas, com os olhos brilhando de alegria e satisfação. Venho de uma era em que não se via criança estressada como hoje. Gastávamos tanta energia brincando, que, ao término de mais um dia, íamos para casa, tomávamos nosso banho, nossas mães já tinham a mesa posta para o lanche do final da tarde onde comíamos alimentos feitos na hora (como por exemplo aquele bolo delicioso de fubá ou de laranja ou de cenoura com cobertura de chocolate), ou um bolinho de chuva com açúcar e canela por cima (ai que delícia!!!!), pãezinhos quentinhos com manteiga e aquele café com leite ou com chocolate que não encontro mais hoje... Logo mais a noitinha assim que meu pai chegava do trabalho, jantávamos todos juntos à mesa, conversávamos um pouco sobre vários assuntos, quase não víamos televisão - aliás, tive televisão em casa um pouco mais tarde e mesmo assim, meus pais estipulavam horário para assistir - e íamos dormir um sono dos anjos para que no dia seguinte pudéssemos pular da cama com toda a energia revigorada e iniciar mais um dia feliz de criança.
Toda essa narrativa de minha infância, além de ser uma retomada gostosa de um tempo que ficou lá atrás, serve também como introdução para as sugestões de livros que farei agora.
Observando as crianças e pré-adolescentes que convivem comigo aqui no colégio, vi o quanto esses jovens não têm uma idéia clara sobre a evolução de muitas coisas com as quais eles convivem hoje. E mesmo com relação a evolução da sociedade, seus costumes, suas regras, seus tabus e aí, me veio a idéia de se trabalhar esse tema através de livros bem gostosos de ler e de ver. Com ilustrações que remetem o jovem a um tempo em que nem sonhavam em nascer. É a dica de hoje.







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