segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sugestão para leitura garotada


Vamos falar de coisas mais legais do que censura aos livros. Nesse caso, é a sugestão de leitura de um livro que promete. Foi lançado recentemente um livro que tem como personagem Bibliotecários. Está certo que nesse caso, os bibliotecários são do mal, mas é interessante ver esse profissional ser tema de literatura. Sempre é uma forma de se colocar em evidência essa área. No caso específico, falo do livro: Alcatraz contra os Bibliotecários do Mal, de Brandon Sanderson que saiu pela editora Benvirá. Este é o primeiro volume da série. Veja a sinopse:

Um herói com o poder incrível de quebrar coisas. Uma missão de vida ou morte para resgatar um saco de areia. Uma terrível ameaça da poderosa rede secreta que domina o mundo, os Bibliotecários do Mal. Conheça Alcatraz, um adolescente desastrado que um dia descobre sua verdadeira missão e tem a vida radicalmente mudada. Agora, com a ajuda de uma equipe muito especial, nosso herói precisa deter os Bibliotecários do Mal antes que eles dominem o planeta de uma vez por todas. “Sanderson, valendo-se de recursos brilhantes como ironia e metalinguagem, desenvolve uma narrativa fluente, e o desfecho — como não poderia ser diferente — nos surpreende. A irreverência e o humor subversivo do jovem Alcatraz conquistam no ato leitores de todas as idades, que facilmente se tornarão fãs fervorosos da série.”

Censura a livros didáticos: a saga continua e a polêmica também

Isso já está se tornando chato de se noticiar mas mesmo assim, acredito que não devemos calar nossa voz. Mais um livro de literatura da mais alta qualidade sofrendo proibição de se chegar aos nossos jovens. Leiam o absurdo:

(Notícia retirada do jornal O Estado de S. Paulo, )

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu ontem uma liminar contra o secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza, impedindo a distribuição do livro Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século a estudantes da 6.ª à 9.ª série do ensino fundamental e do ensino médio. Segundo a secretaria, todos os livros já foram distribuídos, mas apenas para estudantes do ensino médio.

Cerca de 18 mil cópias foram compradas no início do ano pelo governo e distribuídas aos alunos por meio do programa Apoio ao Saber, que destina anualmente três obras para os estudantes levarem para casa.

A liminar foi tomada pelo desembargador Maia da Cunha, que classificou o conteúdo de três textos da coletânea - entre eles cerca de 60 trechos do conto Obscenidades para uma Dona de Casa, do escritor e colunista do Estado Ignácio de Loyola Brandão - como "inapropriados" e com "elevado conteúdo sexual". Entre esses trechos estão frases como "... não se esfregue desse jeito...".

A secretaria não quis se manifestar sobre o assunto, alegando não ter sido notificada. A pasta informou apenas que a escolha dos livros é feita por uma comissão. Cabe recurso da decisão.

O pedido de recolhimento e cancelamento da distribuição foi apresentado à Justiça em outubro pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec), presidido pelo deputado federal Celso Russomanno (PP-SP). "Recorremos ao Tribunal de Justiça após a Vara da Infância e da Juventude ter acatado um parecer do Ministério Público favorável à obra", diz Renato Menezello, advogado do Inadec.

O desembargador acatou apenas o cancelamento da distribuição de novos exemplares. Em sua leitura, "com relação aos livros já distribuídos, tem-se que eventual desrespeito à dignidade das crianças e adolescentes já teriam se consolidado".

Alerta. Para o professor Arthur Fonseca, do Conselho Estadual de Educação (CEE), o envolvimento da Justiça na questão é "extremamente perigoso". "Vivemos um momento perigoso de censura a obras literárias. Como educador, não gostaria que o assunto fosse tratado no âmbito da Justiça. É um problema de educação." Oficialmente, o CEE não deve se manifestar.

A presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto, acredita que o principal problema seja a impossibilidade de se trabalhar adequadamente um texto erótico em uma sala de aula da escola pública.

"Na adolescência, a sexualidade já está exacerbada. Além disso, são muitos alunos por sala, com perfis e aspectos morais diversos. A maior parte dos professores não está preparada para dar conta disso."

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, um maior cuidado com a opinião da ampla clientela atendida pela rede pública ao se escolher livros evitaria problemas como o atual.

"O aluno não precisa do livro para entrar em contato com conteúdos eróticos - e com certeza de pior qualidade. Mas secretarias e todos os órgãos que distribuem livros precisam entender e respeitar a clientela que atendem, seja o progressista seja o conservador." / COLABOROU MARIANA MANDELLI

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Oficina de criação é tema do Viagem Literária

(Notícia retirada do PublishNews, 11/11/2010)
A Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo promove neste mês de novembro o quinto módulo do programa Viagem Literária. Durante todo o mês, vários autores estarão presentes em bibliotecas de 72 cidades paulistas para ministrar a Oficina de Criação Literária. Serão realizadas leituras, bate-papo e produção escrita. As atividades são gratuitas. “O Viagem Literária, além de
aproximar o leitor do escritor, desperta o interesse pela leitura e valoriza as bibliotecas de cada município”, diz o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo. A programação leva 14 literatos ao interior de São Paulo. Entre eles está Luís Antônio Brasil, professor da PUC-RS, onde criou o Mestrado em Escrita Criativa. Outro destaque é Roniwalter Jatobá, jornalista e autor de diversos livros. Também ministrará oficinas a professora e escritora Noemi Jaffe. Confira a programação do mês de novembro!

Oficinas analisam livros exigidos pelos vestibulares

(Notícia retirada do PublishNews, 11/11/2010)

Com a aproximação das datas dos exames vestibulares, o projeto A Hora e a Vez do Vestibular traz uma programação onde professores de cursinho ministram oficinas, com duas horas de duração cada, sobre as obras de literatura brasileira exigidas nos principais vestibulares de São Paulo. Nos encontros são analisadas as obras Vidas secas, de Graciliano Ramos; Capitães de areia, de Jorge Amado e Antologia Poética, de Carlos Drummond de Andrade. Os próximos encontros acontecem nesta quinta-feira, dia 11, e no sábado, dia 13, nas Bibliotecas Públicas de São Paulo e no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Confira a programação completa com o local e horário das atividades.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Febem dará lugar a biblioteca em SP

(Notícia retirada do Publishnews, 08/11/2010)

Os três pavilhões da unidade de internação 12 da antiga Febem do Tatuapé (zona leste) vão passar a abrigar a segunda Biblioteca de São Paulo a ser construída em uma unidade de detenção da capital.

A primeira foi aberta em fevereiro no lugar da Casa de Detenção do Carandiru (zona norte) e inaugurou o conceito de "megastore" entre as bibliotecas públicas paulistanas.

Prevista para ser entregue até janeiro, a biblioteca ficará no Parque Estadual do Belém, que deve ser aberto ao público nos próximos dois meses.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Caso Monteiro Lobato: final feliz

(Notícia retirada do Publishnews 05/11/2010)

Fico aliviada em ver que o ministro Fernando Haddad rejeitou o veto do CNE que determinou a proibição do livro de Lobato em todo o país. Um pouco de lucidez nessa país dos insensatos e sem noção. Fico aliviada também por ter lido tantas manifestações nos mais variados lugares contra esse absurdo. A sociedade não está de toda fora de órbita. Ainda há pessoas que tem bom senso nesse país. Leia na íntegra

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Essa história de novo?


Como é que é? Não entendi direito. O quê? Ah não! Isso de novo?!
Quando achamos que tudo está caminhando para frente, que estamos evoluindo, eis que aparece algumas "cabecinhas" e saem com tamanha besteira:

"O Conselho Nacional de Educação recomendou que o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, não fosse distribuído a escolas públicas ou, se for, que venha acompanhado de um aviso de que se trata de obra “racista”, informa a Folha desta sexta-feira. Segundo o parecer, o racismo estaria caracterizado no tratamento de Tia Nastácia e de animais como urubu e macaco, cuja menção, diz o texto do conselho, é “revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”. Para o CNE, os professores da rede pública não estão preparados para lidar com esse tipo de mensagem em sala de aula. O autor da denúncia, o mestrando em relações raciais da UnB Antonio Gomes da Costa Neto, acredita que o livro de Lobato “deixou para trás as regras de políticas públicas para as relações etno-raciais” e tenha o potencial de “ensinar a criança a ser racista”. Leia mais

Na minha opinião, se queremos de fato educar e formar nossas crianças, não podemos deixar de lado assuntos como esse fingindo que não existem. O racismo existe sim e está infiltrado em nossa sociedade desde sempre. No entanto, não é escondendo que estaremos contribuindo para a boa formação das crianças. O tema deve ser abordado e discutido com todas elas. Só através do debate e exemplificação é que se esclarece o tema, esgota todas as possibilidades e por fim, nasce uma mentalidade serena e clara sobre os mais diversos temas que envolve uma sociedade sadia. Se Monteiro Lobato tinha ideias racistas ou não, temos de lembrar a época em que viveu e que isso era muito comum não só nele, mas em toda a sociedade em que ele viveu. Se for assim, muitos outros livros tidos como "Clássicos" não poderão cair nas mãos das crianças e jovens. O importante, volto a frisar, é discutir todos os temas tidos "polêmicos" e tirar todas as dúvidas que os jovens venham a ter. Isso é educar, isso é fazer as crianças e jovens desenvolver seu senso crítico. Isso é auxiliar na formação de uma futura sociedade livre de qualquer discriminação, preconceito e ideias distorcidas. Cada uma que me aparece!