quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Essa história de novo?


Como é que é? Não entendi direito. O quê? Ah não! Isso de novo?!
Quando achamos que tudo está caminhando para frente, que estamos evoluindo, eis que aparece algumas "cabecinhas" e saem com tamanha besteira:

"O Conselho Nacional de Educação recomendou que o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, não fosse distribuído a escolas públicas ou, se for, que venha acompanhado de um aviso de que se trata de obra “racista”, informa a Folha desta sexta-feira. Segundo o parecer, o racismo estaria caracterizado no tratamento de Tia Nastácia e de animais como urubu e macaco, cuja menção, diz o texto do conselho, é “revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”. Para o CNE, os professores da rede pública não estão preparados para lidar com esse tipo de mensagem em sala de aula. O autor da denúncia, o mestrando em relações raciais da UnB Antonio Gomes da Costa Neto, acredita que o livro de Lobato “deixou para trás as regras de políticas públicas para as relações etno-raciais” e tenha o potencial de “ensinar a criança a ser racista”. Leia mais

Na minha opinião, se queremos de fato educar e formar nossas crianças, não podemos deixar de lado assuntos como esse fingindo que não existem. O racismo existe sim e está infiltrado em nossa sociedade desde sempre. No entanto, não é escondendo que estaremos contribuindo para a boa formação das crianças. O tema deve ser abordado e discutido com todas elas. Só através do debate e exemplificação é que se esclarece o tema, esgota todas as possibilidades e por fim, nasce uma mentalidade serena e clara sobre os mais diversos temas que envolve uma sociedade sadia. Se Monteiro Lobato tinha ideias racistas ou não, temos de lembrar a época em que viveu e que isso era muito comum não só nele, mas em toda a sociedade em que ele viveu. Se for assim, muitos outros livros tidos como "Clássicos" não poderão cair nas mãos das crianças e jovens. O importante, volto a frisar, é discutir todos os temas tidos "polêmicos" e tirar todas as dúvidas que os jovens venham a ter. Isso é educar, isso é fazer as crianças e jovens desenvolver seu senso crítico. Isso é auxiliar na formação de uma futura sociedade livre de qualquer discriminação, preconceito e ideias distorcidas. Cada uma que me aparece!

2 comentários:

Dribook disse...

Oi Roseli!! Felizmente a ABL não autorizou o veto!!
Que alívio!!!

Roseli Venancio Pedroso disse...

Dri, nem me fale, isso é um absurdo e é também andar pra trás.
Bjs