sexta-feira, 26 de junho de 2009

26 de junho - Dia Internacional de Combate às Drogas - Blogagem coletiva



Aceitei o convite da Bea, do Compulsão Diária, e quis muito participar dessa blogagem coletiva sobre as drogas. Hoje já é considerado uma pandemia, assim como a peste negra, a Aids, e tantas doenças que já levaram vidas promissoras. Quem não tem pelo menos um caso em sua família? Quem não conhece as agruras que uma família passa ao ter uma pessoa com vício e que devido a ele, leva todos a um sofrimento sem fim? A droga tornou-se hoje, uma das piores coisas que leva a nossa sociedade à dor, a degradação, a violência, a morte.
E eu me pergunto: quem é o culpado? O jovem que vai em busca de novidades, de sentir "algo mais", de ter algo que lhe afirme sua personalidade perante os demais? Ou aqueles que se encontram por trás dessa "indústria" que lesa vidas e acaba com muitos sonhos e alegrias? Sou da opinião que se deve falar massivamente sobre as drogas no sentido de alertar, de orientar, de informar. Infelizmente, em muitos colégios, esse assunto ainda é tabu e nada ou muito pouco se aborda sobre essa questão. Existe o tabu inclusive dentro da própria família que prefere ignorar esse tema pois, ignorando talvez o problema nunca se apresente. Tem também o lado negativo de se abordar falando no viciado como um malandro, um bandido, um marginal. Quantas e quantas famílias bem estruturadas têm em seu seio, pessoas dominadas pelo vício? E só por isso vamos tachá-las de marginais? Esse enfoque ao meu ver é que deve ser mudado. A droga faz do viciado um doente física e psiquicamente. Ela rouba sua saúde física e psíquica além de sua alma que fica em frangalhos sem condições de lutar contra seus malefícios. A pessoa acorrentada ao vício perde toda sua auto-estima e respeito próprio. Eu mesma tenho em minha família, um caso de um primo muito querido por todos, que recebeu e ainda recebe amor, carinho, respeito dos pais e irmãos e, no entanto, caiu nessa vida e não deseja nem tem forças para sair dela. Os pais já tentaram de tudo mas ele já expressou que não quer ajuda nem quer sair dessa. Complicado não? O que fazer? O que pensar?Abandonar? Virar a cara para essa pessoa? Tratá-la como marginal ou como doente crônico?
Contudo, a conduta da família é de suma importância. O diálogo deve fazer parte do cotidiano e a discussão sobre todos os temas é fundamental para o esclarecimento do filhos sobre tudo que os cercam. Isso aliado ao exemplo dos pais, fortalece os jovens e, é claro que não é nenhuma garantia para livrá-los do assédio das drogas, mas sem dúvida que os tornarão mais resistentes a atração por elas. Não consigo ainda ver uma saída real para toda essa problemática das drogas, contudo, tenho a plena certeza que somente com a mudança na forma de pensar sobre o assunto de toda a sociedade, é que poderemos aos poucos encontrar caminhos eficazes para combatê-la.
Enquanto isso não acontece, o diálogo franco e sério é um instrumento valioso que deve ser exercitado em todos os meios de comunicação, nas escolas e nos lares.
Leia mais
Deixo abaixo um video que achei muito bem feito e que vale a pena assistí-lo.






11 comentários:

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Roseli como sempre um texto excelente sobre este assunto.

Que nela aboradagem.

Um beijo querida

Unknown disse...

Prazer em conhecer o seu blog. Apreciei muito o seu post da blogagem colectiva - combater a droga.

Voltarei depois para conhecer melhor e com a calma que merece :)

Parabéns por sua participação!

Agora vou continuar a visita a todos os blogs que participaram na blogagem colectiva contra a droga.

Abraços.

António Rosa

Beatriz disse...

Roseli,


Muito bem: o problema não escolhe cor de pele, classe social, religião, nacionalidade, endereço. Assola a todos. é preciso atenção.

Gratíssima pela bela participação

Teresa Diniz disse...

Olá Roseli
Obrigada pela sua visita ao meu blogue e ao texto sobre a droga. Concordo consigo, não podemos virar a cabeça e olhar para o outro lado, ignorar este problema não é solução. Há que discutir porque, como bem diz, muitas vezes são os próprios drogados que se recusam a ser ajudados. A alienação, a fuga, o bem-estar artificial proporcionado pelas drogas , é mais cómodo.
Parabéns pelo seu blog, também. Tudo o que diz respeito a livros e leitores me interessa.
Bjs
Teresa

Lino Resende disse...

Será que existe um culpado? Não creio. Mas podemos, sim, sem procurar culpados, buscar uma resolução para o problema, que existe e é sério.

Paulo Montanaro disse...

Concordo com o Lino. Talvez seja meio tarde para procurarmos culpados... e encontrá-los não muda a culpa em si. O importante é encontrar meios e possibilidades para que o problema seja combatido, diminua e, quiça, acabe! Parabés pela postagem e pela forma como aborda o assunto!

Tbm estou participando desta blogagem coletiva. Se puder, me faça uma visitinha depois.

Há braços
Paulo

~*Rebeca*~ disse...

Adorei!

Anônimo disse...

Ótimo texto, e você citou um ponto que é dos mais importantes, o dialogo.
Na maioria das vezes o diálogo é a arma mais eficiente dos bons resultados.
Parabéns pelo seu texto
Um grande abraço
Giba

Vanessa Anacleto disse...

Muito bom seu post. Estou também na coletiva e só agora pude aparecer para comentar.

Abraço

Luma Rosa disse...

Roseli, o seu texto está quase perfeito, sob o meu ponto de vista.

Permita-me ser impertinente? Eu discordo da frase:

"Quantas e quantas famílias bem estruturadas têm em seu seio, pessoas dominadas pelo vício?"

Eu poderia mudá-la para:

"Quantas e quantas famílias moralmente ilibadas têm em seu seio, pessoas dominadas pelo vício?"

Você estava dando o enfoque na questão de chamar o usuário de marginal e isto não é falta de estrutura da família e sim da sociedade. A sociedade taxa o usuário de marginal, mesmo este tendo bons princípios e vindo de uma família moralmente ilibada. Me desculpe, mas penso assim.

Por outro lado, em uma família bem estruturada as chances da droga ocupar espaço é bem pequena.

Boa blogagem! Beijus

Roseli Venancio Pedroso disse...

Oi Georgia, obrigada amiga pela visita.
Antonio é um prazer recebê-lo por aqui. Obrigada e volte mais vezes.
Bea, obrigada pela chance de participar dessa blogagem. Foi muito bom além de conhecer outras pessoas e seus blogs.
Oi Teresa, prazer em vê-la por aqui. E se gosta de livros, achou o lugar certo. Sempre estou a falar sobre novidades e sugestões de leitura.
Lino e Roberto, vocês têm razão. Nessa batalha não existe culpados e nem compete a nós buscar um e sim trabalharmos para recuperar esses jovens e evitar que outros caiam nessa. Obrigada pela visita e aguardo vocês mais vezes por aqui.
Rebecca e J. Cê, voltem sempre.
Giba, diálogo sempre sim! Obrigada pela visita e volte sempre.
Vanessa, obrigada pela visita. Te espero mais vezes.
Oi Luma, sim você tem razão e obrigada pela observação. Precisamos cuidar da sociedade. Grata pela visita e volte sempre.
Amei receber todos por aqui.
Bjs