quarta-feira, 29 de maio de 2013

Um blogue para quem se interessa por bibliotecas

É sempre bom saber quais novidades no mundo dos blogues surgem por aí. Muitas coisas nascem e morrem sem nem mesmo a gente ficar sabendo. Andei um pouco sumida do mundo das bibliotecas por conta das inúmeras coisas que ando fazendo e também porque quase nada acontecia no universo das bibliotecas. Pelo menos aqui em território nacional. O que sempre lamentei. Mas hoje tomei conhecimento desse blogue e vim conhecer. Adorei! Por isso, divulgo por aqui o blogue Bibliotecas do Brasil
Esse blogue tem por objetivo a divulgação de bibliotecas comunitárias, iniciativas voluntárias de incentivo à leitura e traçar o perfil de pessoas que encontraram uma maneira de colaborar criativamente com projetos que visam a difusão da leitura. Vale a pena conhecer!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Geração Tô nem aí

Trabalho na área educacional desde 1991. Pôxa! Já faz um tempinho não? Sempre em biblioteca. Gosto desse ambiente e da frequência dos alunos. O convívio com eles tem seu lado bem agradável.
Mas confesso aqui que como tudo na vida também tem seu lado B.
E esse lado B tem me feito pouco a pouco perder o gosto, o prazer em continuar trabalhando com educação.
Sei que em parte, os jovens são as maiores vítimas. Tanto do lado familiar que a cada dia que passa perde seus valores, quanto do sistema que "finge" que ensina, que forma. Resultado disso, uma juventude que chega aos bancos universitários de forma bem deficiente. Lêm mal, a maioria não sabe interpretar um texto, não tem capacidade de focar a atenção em nada, são crus de informação e formação cultural e o pior: falta o básico para a vida em sociedade que é uma simples palavrinha mas que faz todo um diferencial no dia a dia: Respeito!
Respeito aos outros e isso inclui todos. Do seu núcleo familiar, passando pelo porteiro de seu prédio, estendendo aos que circulam por ele nas vias públicas, adentrando seu colégio. Seja ele público ou privado. A falta de respeito é um problema de ordem social muito grave que afeta a todas as classes sociais.
Seja o menino de periferia que vindo de família não convencional, cresce feito erva daninha passando mais tempo na rua do que em casa ao lado de país amorosos. Muitas vezes, vítimas de maus tratos, torna-se um espírito árido e por conta disso, derrama sua raiva e revolta na escola entre seus colegas de classe, professores e demais funcionários.
Já o jovem de classe mais abastada que muitos chamam de "privilegiada", apesar de um berço farto materialmente falando, muitas vezes não recebe o principal: atenção, carinho, orientação. Os pais sempre ocupados com suas próprias vidas pessoais e profissionais, nunca tem tempo para dedicar aos filhos que, da mesma forma que o garoto de periferia, cresce igualmente sem podas, sem moldagens, sem forma.
Totalmente sem limites! 
E assim passamos a conviver com jovens bem alimentados, bem vestidos, saudáveis mas no dia a dia, insuportáveis.
A arrogância que impera nesses coraçõezinhos repletos de empáfia, chega a assustar pessoas mais conscientes. Não respeitam nada que vá contra suas vontades. Vomita sua falta de educação por onde passa. É na lanchonete cara que frequentam, nos shoppings, clubes, colégios em que estudam.
Olham-nos com total desprezo ou, simplesmente não nos enxergam. Não somos nada além de pó no universo para essa juventude equivocada.
E ouse chamar a atenção para ver o que acontece! O mais triste é que se os pais ficam sabendo disso tomam de imediato o partido de seus filhos queridos. Não importa que eles estejam errados. Sempre estarão com a razão afinal, pagam uma mensalidade bem gorda todo mês para não terem problemas.
Resumo dessa opereta mal escrita: estamos (DE)formando jovens e cavando uma sociedade cada vez mais capenga em seus valores. O que será de nossa nação daqui algumas décadas? Nas mãos de quem ela estará? E a educação cada dia pior! Sem estrutura pedagógica eficiente, sem pedagogos bem formados e informados e claro, bem remunerados para formar futuras gerações. E gerações (MAL) formadas não sabendo para onde seguir, o que fazer a não ser se paralisar e chorar porque não conseguem bons empregos e colocações de destaque. É o que já vemos cotidianamente: jovens da periferia sentindo-se injustiçados e matando e roubando os que têm. Jovens de classe média alta também roubando e matando pelo puro e simples prazer de sentir a adrenalina percorrer suas veias tão carentes de um rumo mais certeiro na vida. Confesso que após todos esses anos dedicados a educação, ando um pouco descrente e sem mais aquele prazer que tinha quando iniciei minha carreira de bibliotecária escolar. Muito difícil quando perdemos o brilho do que fazemos e deixamos de acreditar. Nunca fui pessimista mas diante desse quadro social doente em que vivemos, não consigo ver muitas melhorias. Pode até ser que um dia isso aconteça mas, não viverei para presenciar.