terça-feira, 25 de outubro de 2011

Só dois dos 96 distritos de São Paulo têm mais de dois livros por habitante

(Notícia retirada do PublishNews, 22/10/2011)

Dos 96 distritos da cidade de São Paulo, apenas dois têm, nas bibliotecas e nos pontos de leitura municipais, mais de dois livros por habitante. Apenas os distritos da Sé (na região central), com 16,59, e da Liberdade (também no centro), com 2,60, atingem esse patamar. Do total de distritos, 90 não conseguem chegar à marca de um livro por morador, segundo dados do Observatório Cidadão da organização não governamental (ONG) Nossa São Paulo. A meta, recomendada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é de, no mínimo, 2 livros por habitante adulto. Segundo os dados da ONG, em 2010, a média do município era de 0,22 livros por adulto. Em 2006, era de 0,27. Em números absolutos, o acervo total da cidade caiu de 2.254.631 obras, em 2006, para 1.962.102, em 2010. (Agência Brasil)
Para saber mais

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Banir ou censurar?

(Notícia retirada do Publishnews 10/10/2011)

Esse é sempre um tema que me incomoda muito: censura. Tenho uma opinião formada de que ler, conhecer, orientar, ainda é o melhor caminho para a boa formação do leitor e do futuro cidadão.

(Nasci e cresci entre livros. Na minha casa havia uma boa biblioteca, meus pais eram leitores, se falava de livros à mesa, em reuniões. Sem dúvida, um privilégio. Me lembro de, desde sempre, ter uma estante no meu quarto com meus livros, muitos dos quais me acompanharam, atravessaram o Oceano, quando nos mudamos da Espanha para o Brasil. Até hoje, alguns deles, bastante comprometidos fisicamente, encontram seu lugar em casa. Reconstruindo minha história de leitura, me lembro de vários livros, muitos deles informativos, de conhecimento, em cima dos quais meu irmão e eu passávamos fins de semana inteiros copiando ilustrações e sonhando com as novas descobertas. Ao ler a notícia Tintin no Congo insulta os negros” num jornal espanhol há alguns dias fiquei pensando até que ponto essas minhas leituras de infância interferiram na minha formação ideológica e puderam ser tão marcantes nesse plano.