terça-feira, 27 de outubro de 2009

Colóquio entre Educadores: um balanço do que foi visto e ouvido

Saí do segundo e último dia do Colóquio entre Educadores com um sentimento que a princípio, não estava conseguindo traduzir. E no caminho de volta ao colégio onde trabalho, vim pensando sobre isso. É muito bom ver profissionais que levam a sério seu compromisso com a área escolhida e observar que, mesmo com todas as dificuldades encontradas diariamente, eles não perdem seu foco, nem seu intusiasmo. Notei também que poderá demorar um pouco para mudar a imagem do bibliotecário escolar que a sociedade tem. No entanto, já antevejo movimentos bem suaves, quase imperceptíveis que levarão a um resultado positivo. É fato que o perfil do bibliotecário escolar e demais áreas terão que mudar pois o próprio mundo, a própria sociedade mudou porisso, não há mais espaço para o profissional extritamente técnico. Existe a necessidade de transformação em todos e nós, que trabalhamos dia a dia com o universo educacional também observamos esse mesmo movimento ocorrendo entre os professores que sofrem tanto quanto nós, esse descaso e essa ideia errônea do que fazemos e do quanto é importante nossa atuação em suas vidas. Participando do grupo Blogs Educativos onde a grande maioria é de professores, tenho lido muito a respeito da tristeza deles mediante o pouco caso que recebem de todos. Por mais que façam, nunca são reconhecidos e respeitados como deveriam.
Com toda essa crise - que não é de agora - só temos uma saída: renovação! Sinto no ar um cheiro de renovação na Educação brasileira. Grupos cada vez mais se mobilizam para que mude a forma de se educar no país. Esse modelo vigente não serve mais para essa sociedade que está em plena transformação e evolução. E nós, bibliotecários assim como os professores, também sofremos com essas mudanças e chego a seguinte conclusão: Ou paramos de lamentar e passamos a ação efetiva, ou seremos tragados e passaremos a ser uma breve e apagada lembrança. A biblioteca enquanto espaço físico ou não, também tem que passar por essa mudança e se adequar às novas necessidades. A mobilização tem de partir de todos e a união entre os que fazem parte dessa grande família que é a educação (professores, orientadores, assistentes, coordenadores, diretores, donos de escolas e bibliotecários) é algo que deve acontecer. Essa rusga existente entre o meio pedagógico e o meio biblioteconômico tem e deve ser deixada de lado para que unidos e fortalecidos, busquem novas formas para se trabalhar, serem reconhecidos e respeitados por todos. É interessante como as coisas vêm ao nosso encontro nos momentos em que passamos a refletir sobre determinado assunto. Já venho pensando sobre as mudanças há algum tempo e, como a grande maioria, continuo estacionada e acomodada aguardando que outros o façam por mim. No entanto, um sentimento ruim me acomete por não fazer nada que possa contribuir para mudar esse quadro. Sempre temos alguma desculpa. Só que chega uma hora em que não dá mais para "fingir" que o problema não é meu. A educação é problema meu sim pois boa ou má, se reflete em minha vida das mais variadas formas. E hoje, quando a última palestrante Silvana Aguiar iniciou sua fala que era sobre liderança, foi descortinando algo em meu espírito que desencadeou verdadeiro tsunami interior. E creio, pela reação de todos que ali estavam, que esse tsunami varreu agitando e muito essa "água estagnada" em nossos seres. Toda essa manifestação pessoal, é para agradecer a todos que participaram direta e indiretamente da realização desse encontro de profissionais realmente engajados em mudar o panorama vigente.
Ao Conselho Regional de Biblioteconomia 8ª Região e ao International Association School Librasianship qu tem se empenhado em tirar do marasmo a biblioteca escolar em todo o país, a começar por aqui, São Paulo, o meu agradecimento sincero de tudo o que tenho visto, ouvido e presenciado em ações. Tenho absoluta certeza que esse projeto Mobilizador da Biblioteca Escolar se desenvolverá e amdurecerá de uma forma muito bonita. Isso já deixou de ser apenas sonho e está se transformando em realidade.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Colóquio entre Educadores : um ótimo começo

Iniciou hoje o Colóquio entre educadores promovido pelo Conselho Regional de Biblioteconomia 8ª Região e a IASL (International Association School Librarianship com o tema: Biblioteca Escolar: Repensar e Inovar. Com o firme compromisso desses profissionais em discutir e levar ao conhecimento das entidades políticas e da sociedade, a importância e o real papel do bibliotecário escolar, esse é mais um passo a ser dado.
Evanda Paulino, atual presidente do CRB8, abriu o colóquio expondo a importância desse encontro entre bibliotecários e educadores e a necessidade de se expandir a figura do bibliotecário escolar e da biblioteca no âmbito escolar.
A seguir, Nêmora Rodrigues, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia deu um parecer sobre a evolução do projeto que nasceu no ano passado durante o encontro sobre bibliotecas escolares: o Programa Mobilizador Biblioteca Escolar. Mostrou o que o conselho tem feito, as dificuldades que tem encontrado e o que já se conseguiu mobilizar a nosso favor.
Katharina Berg, diretora regional para América Latina e Caribe da International School Librarianship também relatou o que tem sido feito e o quanto essas entidades juntas estão trabalhando para ampliar e difundir a imagem da biblioteca escolar e seus profissionais.
O primeiro palestrante a falar foi Roberto Meizi Agune, sobre o tema: Informação e renovação.
Coordenador do Grupo de Apoio Técnico à Inovação do Governo do Estado de São Paulo, ele nos relatou suas experiências ao implantar esse projeto tendo em mente a melhoria e qualificação do profissional da área pública. Orador seguro, Roberto demonstrou à todos que estavam na platéia, da necessidade de todo profissional se qualificar e se atualizar em linguagens tecnológicas pois esse, é um caminho sem volta. Nos disse que o livro permanecerá mas que outras linguagens farão ( algumas já fazem) parte de nosso cotidiano e que, o profissional que não se atualizar e aprender a dominar tais ferramentas como blog, twitter e outros, será carta fora do baralho. Apesar de todo relato ser da sua rotina no governo do Estado de São Paulo, sua experiência nos mostrou que é possível ser aplicada e com sucesso, em todas as áreas. Principalmente em nossa área da informação, e isso inclui a biblioteca escolar sem dúvida.
O outro palestrante do dia foi o professor doutor Fredric M. Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância. Seu tema abordado : O impacto da tecnologia no profissional.
Profº Litto complementou o que Roberto já havia iniciado em sua palestra e comfirmou mais uma vez, o quanto o profissional da área da informação carece de se desenvolver e dominar as linguagens tecnológicas e tudo o que ela nos oferece de bom para desempenharmos nosso trabalho com eficiência. Nos falou da educação a distância que a cada dia se fortalece e se aprimora em toda a parte e que, é um meio, um caminho para nós nos desenvolvermos. Adorável em suas explanações, sempre pontuadas com uma humor delicioso, profº Litto nos presenteou com ideias e informações que, sem dúvida, farão todos que ali estiveram repensarem sua conduta profissional e dar novas diretrizes à ela. Enfim, saí de lá satisfeita e com a certeza que todo o empenho das equipes do Conselho Regional e do IASL trará frutos em breve . E, amanhã tem mais!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mundo digital : uma reflexão segundo Ubaldo Ribeiro

Com tantas discussões a respeito do fim dos livros que ouço constantemente desde que entrei na faculdade em meados de 1995, já ouvi muitas histórias sobre isso. Com o lançamento dos livros digitais, essa discussão voltou com carga total. Outro dia, aqui onde trabalho muito falamos a respeito disso e, mais uma vez reafirmo (se estou certa, não importa) que o livro não vai acabar, logo, não me preocupo com isso. O escritor João Ubaldo Ribeiro escreveu essa semana um texto que, pelo que vi, está repercurtindo bastante na net. Já vi o texto em vários blogs e, mesmo assim, acho que vale a pena postar. É muito bom! Como tudo que escreve.


Futuro tecnológico - texto original saiu no jornal O Estado de S. Paulo, 18/10/09)


Olho para o monitor à minha frente e lembro como, faz tão pouco tempo, eu estaria diante de uma pilha de laudas em branco, ajeitando pelo menos duas delas na máquina de escrever, com uma folha de papel-carbono ensanduichada entre elas. Os erros eram apagados com uma sucessão de xis e as emendas feitas laboriosamente a caneta, resultando disso um texto imundo e desfavoravelmente comparável a um papiro deteriorado.Dicionário era na base do levantamento de peso e da lupa de leitura e descobrir se o nome de um sujeito era com q ou com k às vezes demandava até pesquisa telefônica. E, depois de escrever a matéria, ainda se tinha de enfiá-la num malote e rezar para que chegasse a tempo.Hoje acho que teria dificuldade em encontrar papel-carbono para comprar, a juventude nem sabe o que é máquina de escrever, os dicionários, enciclopédias e até papiros deteriorados estão a um par de cliques de distância e tudo, de textos a ilustrações, se manda por via eletrônica.Claro, ninguém ou quase ninguém tem saudade dos velhos tempos trabalhosos, até porque não adianta e quem não gostar pode descer do bonde. E minha situação não é diferente, mas de vez em quando fico pensando em certos progressos e cá me acorrem algumas dúvidas.Uma das vantagens atuais em que mais se fala é a possibilidade de trabalhar em casa que agora muita gente tem, em vez de se engravatar, pegar transporte ou se estressar de carro e comparecer a um escritório todos os dias. Há cada vez mais felizardos que trabalham de bermuda, sem camisa e até à beira de uma piscina, almoçam comidinha caseira e econômica, estão na vida que pediram a Deus. Mas acho que, se, em certos casos, isso é verdade, em outros nem tanto, pelo menos a longo prazo. Será que é melhor mesmo não conviver mais com colegas, não participar do bom e do educativamente chato que a convivência diária no trabalho enseja? Será que podemos mesmo dispensar, sem grande prejuízo, as amizades feitas assim, a experiência e o conhecimento que assim nos adviriam? E, se essa prática dá certo no trabalho, por que não dará na escola? Os estudantes teriam aulas pela internet, com diversas vantagens sobre o sistema atual, dispendioso e cheio de riscos, ocasionados até mesmo pela convivência com colegas violentos ou inconvenientes.Não tenho tanta certeza dessas vantagens, como acho que pelo menos alguns de vocês também não têm.Sei de gente que dedica todas as suas horas vagas à internet, no sem-número de grupos de que se pode participar.Assim mesmo, não sobra tempo para responder à enxurrada diária de e-mails e mensagens variadas. O contato pessoal direto, já ameaçado pelo medo que temos de sair (embora também tenhamos medo de ficar em casa, a vida é dura), se torna, para a turma mais radical, um risco desnecessário, uma coisa até meio passée, quando dispomos de recursos como os programas de conversa e as webcams.Tudo muito certo, tudo muito bom, mas me incluo no time dos que acham que, nesse passo, vamos nos resignar de vez a viver em tocas e morder, se por acaso toparmos inesperadamente um semelhante. Esse progresso para mim é retrocesso.Assim como, do ponto de vista do leitor, tenho certeza de que encontrarei companheiros de ideal, em relação a esse negócio de máquina de ler livros, dos quais aquele em que mais se fala é o já famoso Kindle. Para quem não gosta de livros e apenas os usa porque precisa e não pode evitar, com certeza terá utilidade. Para quem tem necessidade de ler notícias apressadamente, também. E, enfim, quebrará o galho de uma porção de gente, em áreas que nem podem ser bem previstas agora.Mas, para quem gosta de ler, como eu e vocês (se não gostassem, não estariam lendo isto aqui, achariam coisa melhor para fazer sem muita dificuldade), as trapizongas que estão criando para se ler já chegam causando perplexidade por uma razão elementar, que não pode deixar de ter ocorrido a quem quer que haja pensado um pouquinho sobre o assunto.Antes dessa tremenda invenção, qualquer um podia pegar um livro e lê-lo, tendo como equipamento indispensável, no máximo, uns óculos. De agora em diante, se a moda pegar, isso acabará sendo inviável. Escapame à compreensão o progresso contido num livro que requer um aparelho — e não tão baratinho assim — para ser lido, quando hoje não se precisa de nada, basta saber ler.E já vêm aí os vooks, Deus nos valha.Os vooks são livros que também incluem outros elementos, tais como depoimentos de voz, barulhos, clipes de vídeo, peças musicais e assim por diante. Nesse caso, por que não ir logo ao cinema ou assistir a um DVD? Para que descrever cenas ou relatar episódios, se eles podem ser mostrados com o mínimo de intermediação possível? Por que escrever um livro — indagação, no meu caso pessoal, algo inquietante — e não fazer logo um filme, com todos esses elementos, que a palavra escrita não dá? Claro, alguma coisa não tem sido bem pensada, nessa história toda. Há quem argumente que, progresso ou não, é a realidade e esta aponta na direção da obsolescência do livro. A fundamentação principal, segundo a qual o livro dá muito trabalho ao leitor, tem como derradeira consequência lógica a de que, no futuro, o que hoje se consegue com a leitura se conseguirá sem esforço, por meio de uma injeçãozinha ou da implantação de um chip no cérebro. Quanto ao trabalho, principalmente mental, que o livro dá ao leitor, pergunta-se: a ideia não era essa? Com certeza não chegarei até lá, mas antevejo o dia em que o livro impresso será apresentado como a última novidade.

sábado, 10 de outubro de 2009

Professores do Brasil - Blogagem coletiva

Quando aceitei participar dessa blogagem coletiva sobre o dia do professor promovida pelo blog Ponderantes, fiquei a imaginar o que escreveria. Pensei, pensei e, aos poucos foi se formando a ideia do que falar.
Comecei a retroceder no tempo e fui me lembrando dos professores que marcaram minha vida escolar. Nossa, percebo agora que fui muito privilegiada pois tive a felicidade de conviver com excelentes professores que, além de me formarem nas suas áreas, me passaram formação para a vida. Mestres iluminados, pessoas maravilhosas que, sem dúvida, me fizeram uma pessoa melhor.
Voltando lá atrás, quando ingressei na pré-escola, lembro-me com muito carinho e saudade da minha primeira professora. A tia Maria Amélia. Um encanto de pessoa, carinhosa, bonita, parecia uma fada. Tive por ela um carinho imenso. Tanto que, quando ela foi transferida, chorei muito. Sentia a falta dela direto mas, aos poucos fui superando sua falta pois conheci outras professoras que também me conquistaram. Já no primeiro ano primário, tive como professora a dona Deise. Loira, de olhos azuis, tinha uma aura de paz e meiguice que conquistou a todos na classe. Na terceira série tive o prazer de conhecer a irmã de dona Deise, também professora, dona Diva. Nossa!!! Uma figura! Ao contrário de sua irmã, Diva era uma explosão de cores e sorrisos. Cabelos ruivos, curtíssimos, usava uma maquiagem forte. Lembro-me sempre de seus batons vermelhos naquela boca que sempre sorria. Seus olhos eram puro brilho de vida. Excelente professora! Na quarta série, tive meu primeiro professor: Seu Rubens. Cabelos castanhos claros, olhos esverdeados e um enorme bigodão. Figuraça!!! Ele havia sido amigo de infância de meu pai e quando soube que era filha dele, vivia me lembrando o quanto era semelhante ao meu pai quando pequeno. Inclusive nas traquinagens. Já no ginásio, tive professoras que me marcaram bastante a vida escolar. Professora Maria Inês que me despertou o interesse por literatura, professora Maria Vitória que apesar de brava e enérgica, sempre a admirei pois trazia um conhecimento que me deixava atônita. Com ela aprendi a gostar da língua francesa e toda a cultura desse país. Professor Nelson...ah, figura linda e como gostei de conviver com ele durante os quatro anos do ginásio. Através da convivência com ele, tive a oportunidade de conhecer o que é cultura. Professor de educação artística, ele fez muito mais do que ensinar a desenhar retas e ângulos. Ele nos colocou em contato com a música brasileira que ainda não tinha acesso. Conheci Milton Nascimento, Gilberto Gil, Elis Regina, Beth Carvalho e, conheci um grupo internacional que me fez a cabeça: Pink Floyd com seu álbum The Dark Side of the Moon. Pirei na época de tanto que gostei. Tanto que até hoje tenho o "bolachão" comigo. Enfim, o professor Nelson nos iniciou na vida cultural nos mostrando a importância das artes no geral. Teatro, música, artes plásticas. Quando ingressei no ensino médio, tive como professor que me marcou, o professor Zen. Era considerado o pai de todos pois tinha um imenso coração. Matemática que sempre foi meu calcanhar de Aquiles, passou a ser um monstro menos terrível através de suas explicações e de sua paciência comigo. Já no cursinho, conheci pessoas ímpares. Professor Pacheco, de química. Figuraça mesmo! Brincalhão, sarrista, mas de um coração imenso! Professor Pimenta, de física, companheiro de pacheco em suas estripulias. Tive o privilégio de ser aluna de Demétrio Magnoli, hoje um dos mais importantes escritores de geopolítica do país. Já na faculdade, conheci vários que me marcaram e que conservo a amizade até hoje: Profª Mercês, Profª Evanda, Profª Sandra, ProfºFernando, Profº Claudio...foram tantos que não dá para eleger apenas um. Já na pós-graduação, tive o privilégio de conhecer a profª Rejane que foi muito importante num momento difícil que passava em minha vida. Além de ensinar sua matéria, ela foi fundamental passando uma lição de vida para mim, me orientando como proceder em meu trabalho já que a crise que enfrentava era lá.
Professores do Brasil, tenham a certeza que o caminho que escolheram apesar de tantos espinhos, é um caminho sagrado. O que seria de nós sem vocês? O que seria da humanidade sem mestres a nos orientar e nos formar? Acreditem, mesmo com todas as crises existentes, vocês têm um valor incalculável para a sociedade. Mesmo que ela ainda não saiba disso. Parabéns por não desistirem de nós!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Bibliotecários, vamos ficar atentos!

Bibliotecários, vamos torcer os dedos e vibrar que que esse projeto vá em frente e não morra na praia. O momento é agora!
(Notícia retirada do PublishNews, 09/10/09)
Quase ninguém deu bola, mas tramita celeremente no Congresso uma proposta que pode vir a ter um impacto extraordinário na vida de editores, livreiros, autores, bibliotecários e, especialmente, leitores. Conforme Galeno Amorim, trata-se do projeto de lei de autoria do senador Neuto de Conto (PMDB-SC) que cria o Fundo Nacional de Apoio a Bibliotecas. O Funab, se aprovado, deve se constituir em uma polpuda fonte de recursos para financiar a revitalização da atual rede de bibliotecas e um vigoroso programa nacional da biblioteca pública. O projeto foi aprovado pelo Senado e agora segue para a Câmara.

Leitura com força total!



(Notícia retriada do PublishNews, 09/10/09)
O ano de 2009 será um marco para todos os brasileiros que acreditam na importância da leitura literária e nos livros. Pela primeira vez será comemorado oficialmente o Dia Nacional da Leitura, no próximo dia 12 de outubro, e também a Semana da Leitura e Literatura. O principal articular dessa iniciativa é o Instituto Ecofuturo, que vem realizando, desde 2006, atividades com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância dos livros e da leitura. Tudo começou quando o Instituto realizou a “Primavera Ler é Preciso”, viabilizando cursos e leituras públicas para centenas de pessoas em São Paulo e Pernambuco. A entidade ainda produziu e distribuiu um Passaporte da Leitura, com dicas simples sobre como tornar a leitura um hábito. Daí, para a realização da 2ª Primavera foi um pulo. E as atividades aumentaram, com leituras públicas durante o Corredor Literário, na capital paulista, exposição de um livro gigante e a criação de um site para a coleta de assinaturas em prol da criação do Dia da Leitura. Primeiro, a data foi instituída em São Paulo, e agora ganha o País, com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva através da Lei nº 11.899. Uma grande conquista, como garante quem está à frente do movimento da leitura no Brasil.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

08 de outubro - Dia do Nordestino

(Imagem retirada do Google imagem)
Hoje é uma data comemorativa da qual nem tinha conhecimento. É pessoal, vivendo, lendo e aprendendo. Hoje, dia 08 de outubro comemora-se o Dia do Nordestino.
E quanto se dá para falar sobre esse povo lutador, destemido, forte que enfrenta tantas dificuldades. Seja de ordem natural, afinal, quantos nordestinos não pelejam para dobrar o dia naquele sertão seco, sem recursos naturais nem materias e tornam-se cada dia mais fortes e destemidos. Através de sua fé inabalável, de sua alegria de viver, de sua tenacidade em vencer, é um exemplo para todo o resto do país. Quantos desses nordestinos trouxeram sua mão-de-obra para o desenvolvimento do sudeste trabalhando em construções civis, no comércio e demais setores. Sem falar na cultura nordestina que é a mais diversificada e preservada de todo esse Brasil. Os nordestinos têm orgulho de sua cultura e passam de geração a geração toda essa riqueza cultural. Enfim, apesar de ainda existir tanto preconceito com relação a esse povo, deixo aqui minha homenagem a todos os nordestinos.

É garotada, o mundo depende de sua conscientização


Minha preocupação enquanto "educadora", além de auxiliar nas pesquisas dos alunos e professores da biblioteca onde trabalho, é de passar noções e informações sobre demais assuntos que vão além da grade curricular. Não sou nenhuma fanática como os adeptos do Greenpeace mas tenho uma certa consciência ambiental e me preocupo com o andamento do planeta com relação à preservação do meio ambiente. E, ao me deparar com essa notícia, por seu cunho pedagógico, achei por bem divulgar por aqui:
Local: Brasília, DF
Data de início: 05/06/10
Data de término: 10/06/10

No âmbito da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Educação realizam, em parceria com UNESCO, PNUMA, UNICEF, PNUD e Fondation Charles Léopold Mayer pour le Progès de l'Homme, a Conferência Internacional Infanto-Juvenil - Vamos Cuidar do Planeta.
A Conferência é um processo interativo fundamentado na participação democrática que convida crianças, jovens, professores e comunidades do mundo a pensarem e debaterem as questões sócio-ambientais planetárias, e a se responsabilizarem e comprometerem com seu enfrentamento.
Trata-se uma campanha pedagógica que traz a dimensão da política ambiental para a educação. Ela mobiliza e engaja jovens (entre 12 e 14 anos) em pesquisas e debates com a comunidade escolar sobre os desafios socioambientais contemporâneos.
Este é um processo construtivista no qual as pessoas se reúnem, deliberam sobre os temas propostos e escolhem representantes que levam a outras instâncias as idéias consensuadas.
Tais instâncias compreendem a realização de conferências nas escolas, em estados ou regiões (opcionais), nos países e, finalmente, a conferência realizada em âmbito internacional.
Leia mais

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Outubro: Mês Internacional da Biblioteca escolar

O mês de outubro é especial para todas as bibliotecas escolares. No entanto, ao mesmo tempo em que fico feliz por esse espaço ter um mês de festividade mundial, me bate uma tristeza e um certo desânimo quando penso no cenário nacional não só das bibliotecas escolares mas de todas em geral.
No entanto, sei que já existem bibliotecas públicas desenvolvendo coisas lindas junto à sua comunidade. Um caso bem legal é o da Biblioteca Monteiro Lobato (SP), que tem sua programação toda voltada para o infantil. É o caso também das bibliotecas temáticas que têm desenvolvido programas muito curiosos e de qualidade. Contudo, as bibliotecas escolares ainda se encontram numa situação bem crítica em nosso país. A começar pelo não reconhecimento de sua importância junto ao corpo pedagógico que muitas vezes a tem apenas como um espaço insalubre, feio e adequado para alunos em castigo por indisciplina. Local, na maioria das vezes inadequado para comportar uma biblioteca, quase sempre formado por móveis velhos, adaptados, sem nenhum cuidado com sua aparência e, infelizmente, com acervo velho, mal cuidado, desatualizado. O que contribui bastante para que o usuário - no caso o aluno - não sinta vontade em emprestá-lo para desenvolver suas pesquisas escolares. Outro ponto fraco nas bibliotecas escolares: sua equipe, isso quando ela existe. É incrível como ainda hoje, em pleno século XXI, a sociedade ainda não se deu conta da importância de um profissional qualificado no comando de uma biblioteca escolar. Veja bem, não tiro aqui o mérito de muitos professores que atuam nelas e que conseguem desenvolver trabalhos bem interessantes. Só que eles são minoria e, no quadro geral, costumam-se ter professores que por um motivo ou outro, se encontram "encostados" nas bibliotecas e que por tédio, falta de estímulo ou, simplesmente por não gostarem daquilo, transformam esse espaço em algo deplorável. Particularmente, já tive experiências bem negativas com esse tipo de profissional, o que só veio confirmar o que já pensava antes. trocando em miúdos e falando de forma bem popular: "Cada macaco no seu galho". Ou seja: professor dentro de uma sala de aula ensinando, bibliotecário desenvolvendo toda sua técnica dentro da biblioteca. É lógico que isso não impede que ambos desenvolvam projetos juntos. Aliás, isso é o que se deveria ver em todas as bibliotecas escolares. Esses dois profissionais trabalhando lado a lado nos projetos pedagógicos. Ambos empenhados em proporcionar ampla aprendizagem aos alunos. Estarei sonhando alto demais? Esperando demais? Não sei, acredito que não. Sempre apostei nas parcerias e essa é a que mais acredito. Só falta entre tantas outras coisas, um pouco de boa vontade de ambas as partes. Bom, mas vamos deixar essa "lenga-lenga" de lado que isso já foi discutido demais, até a exaustão e passemos para algo bem mais real: Nesse mês de outubro desejo mostrar por aqui, projetos de várias bibliotecas escolares espalhadas pelo mundo mas desejo dar ênfase aos projetos desenvolvidos por esse Brasil imenso que habitamos. Portanto, toda notícia sobre esses projetos e escolas que estejam fazendo algo na área, será bem vindo. Quem desejar me comunicar sobre seu projeto, esteja a vontade. Esse espaço será de vocês.

Vamos começar?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Simpósio de literatura fantástica, leitura dramática e lançamento de livro

Um evento bem legal que vale a pena divulgar. Mesmo que em cima da hora. São as bibliotecas temáticas que começam a divulgar sua programação.
E tem para todos os gostos. Confira.
Aproveite e veja as outras programações da Biblioteca Viriato Corrêa


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sai a lista dos premiados Jabuti 2009

Mas que bom que apesar de lama espirrada para todos os lados, ainda restam notícias boas por aí. Prova disso, é essa notícia:
(Notícia retirada do Publishnews, 30/09/09)
A Câmara Brasileira do Livro anunciou nesta terça-feira, em São Paulo, os vencedores da 51º edição do Prêmio Jabuti. Foram apresentados os três ganhadores em cada uma das 21 categorias do concurso. No dia 4 de novembro ocorrerá a cerimônia de premiação quando serão anunciados os vencedores do “Livro do Ano de Ficção” e o “Livro do Ano de Não-Ficção”. O primeiro lugar em cada categoria recebe R$ 3 mil, e os melhores livros do ano de Ficção e Não-ficção ficam com R$ 30 mil cada um. Esta edição traz uma nova categoria, “Tradução de obra literária Francês-Português”, em homenagem ao ano da França no Brasil, cujo vencedor receberá como prêmio R$ 6 mil. Neste ano, o Jabuti bateu seu recorde de inscrições, foram 2.573 obras, cerca de 20% a mais que em 2008, quando concorreram 2.131 publicações. Uma das categorias premiadas, “Romance”, foi conquistada pelo escritor gaúcho Moacyr Scliar com Manual da paixão solitária (Companhia das Letras), livro que trata do universo religioso inspirado no relato do Gênesis, História de Judá e Tamar. Outro gaúcho que levou a melhor foi Fabrício Carpinejar, na categoria “Contos e crônicas” por seu Canalha! (Bertrand Brasil), um retrato poético e divertido do homem contemporâneo. No link “Leia Mais” você confere a relação completa dos vencedores.
Parabéns à todos os premiados!

Mais uma suspeita de fraude para a infeliz coleção desse país

Quando nos deparamos com uma notícia desse tipo, é natural que sintamos indignação e revolta também. Afinal, nós que convivemos no universo educacional e acompanhamos a dedicação e o esforço de tantos alunos se desgastando de tanto estudar para a prova do Enem, é mais do que natural que a revolta se instale em nossas almas. Diante desses acontecimentos, como se já não bastasse tantos outros, é que constatamos o quanto a corrupção e o tal "jeitinho brasileiro" de sempre se conseguir as coisas de forma "fácil" está arraigado no espírito da maioria dos brasileiros. É lógico que não desejo aqui generalizar afinal, tem muita gente batalhando para esse quadro negativo mudar mas infelizmente o número de pessoas que ainda pensa assim é bem significativo. O Enem, que a princípio era para ser algo sério e que deveria servir de parâmetro para se medir a qualidade do ensino nas escolas, tornou-se uma piada sem graça dado os últimos acontecimentos. Porisso deixo aqui minha indignação fazendo coro a tantos professores, alunos e demais pessoas ligadas à área pedagógica desse país. E deixo aqui um alerta para todos: o país só terá uma educação de qualidade quando ocorrer uma verdadeira transformação não na área mas sim, no coração e caráter do povo brasileiro. Enquanto houver espíritos metidos a "espertos" e que queiram sempre levar vantagens sobre os demais, nada mudará no Brasil. Nem na política, nem na área da saúde, nem na educação...enfim continuaremos a viver nesse mar de lama e vergonha em que nos encontramos. Está mais do que na hora desse quadro mudar. Quero um país decente e sério onde todos possam ter as mesmas condições de vida. Será que é pedir demais?!