Aceitei o convite da Bea, do Compulsão Diária, e quis muito participar dessa blogagem coletiva sobre as drogas. Hoje já é considerado uma pandemia, assim como a peste negra, a Aids, e tantas doenças que já levaram vidas promissoras. Quem não tem pelo menos um caso em sua família? Quem não conhece as agruras que uma família passa ao ter uma pessoa com vício e que devido a ele, leva todos a um sofrimento sem fim? A droga tornou-se hoje, uma das piores coisas que leva a nossa sociedade à dor, a degradação, a violência, a morte.
E eu me pergunto: quem é o culpado? O jovem que vai em busca de novidades, de sentir "algo mais", de ter algo que lhe afirme sua personalidade perante os demais? Ou aqueles que se encontram por trás dessa "indústria" que lesa vidas e acaba com muitos sonhos e alegrias? Sou da opinião que se deve falar massivamente sobre as drogas no sentido de alertar, de orientar, de informar. Infelizmente, em muitos colégios, esse assunto ainda é tabu e nada ou muito pouco se aborda sobre essa questão. Existe o tabu inclusive dentro da própria família que prefere ignorar esse tema pois, ignorando talvez o problema nunca se apresente. Tem também o lado negativo de se abordar falando no viciado como um malandro, um bandido, um marginal. Quantas e quantas famílias bem estruturadas têm em seu seio, pessoas dominadas pelo vício? E só por isso vamos tachá-las de marginais? Esse enfoque ao meu ver é que deve ser mudado. A droga faz do viciado um doente física e psiquicamente. Ela rouba sua saúde física e psíquica além de sua alma que fica em frangalhos sem condições de lutar contra seus malefícios. A pessoa acorrentada ao vício perde toda sua auto-estima e respeito próprio. Eu mesma tenho em minha família, um caso de um primo muito querido por todos, que recebeu e ainda recebe amor, carinho, respeito dos pais e irmãos e, no entanto, caiu nessa vida e não deseja nem tem forças para sair dela. Os pais já tentaram de tudo mas ele já expressou que não quer ajuda nem quer sair dessa. Complicado não? O que fazer? O que pensar?Abandonar? Virar a cara para essa pessoa? Tratá-la como marginal ou como doente crônico?
Contudo, a conduta da família é de suma importância. O diálogo deve fazer parte do cotidiano e a discussão sobre todos os temas é fundamental para o esclarecimento do filhos sobre tudo que os cercam. Isso aliado ao exemplo dos pais, fortalece os jovens e, é claro que não é nenhuma garantia para livrá-los do assédio das drogas, mas sem dúvida que os tornarão mais resistentes a atração por elas. Não consigo ainda ver uma saída real para toda essa problemática das drogas, contudo, tenho a plena certeza que somente com a mudança na forma de pensar sobre o assunto de toda a sociedade, é que poderemos aos poucos encontrar caminhos eficazes para combatê-la.
Enquanto isso não acontece, o diálogo franco e sério é um instrumento valioso que deve ser exercitado em todos os meios de comunicação, nas escolas e nos lares.
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Deixo abaixo um video que achei muito bem feito e que vale a pena assistí-lo.