terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Escola: usina de violência e desrespeito: o que fazer para modificar essa realidade?

Tema diariamente discutido em todas as escolas e em todas as rodas de profissionais ou não, a violência na escola ou, como muito se fala hoje, Fenômeno Bullying, já se tornou tema bem discutido todavia, pouco se tem feito para aplacar ou amenizar seus efeitos tão nocivos em quem é vítima. Na minha vivência escolar que vem desde 1991, sempre observei alguns atos em alunos que até então, eram considerados inofensivos. Mas que hoje, já podemos dizer que são atitudes negativas que aos poucos vai minando a auto-estima de quem costuma ser alvo. Diariamente observamos o comportamento dos jovens e até mesmo de crianças menores que demonstram um prazer em menosprezar, humilhar e rebaixar colegas que não se enquadram, que são "diferentes" de suas tribos, que são considerados "esquisitões" pela grande maioria. A dificuldade que esses jovens têm em lidar com o "diferente", desencadeia uma série de atitudes e comportamentos preconceituosos que, tem inclusive, terminado de forma trágica em alguns casos. Após constatarem alguns casos de suicídio entre jovens, educadores de várias partes do mundo, em especial países europeus como Itália, Inglaterra, e também nos Estados Unidos, se preocuparam e buscam entender e desenvolver estratégias para combater esse problema.

Pairou por terras Tupiniquins a identificação desse comportamento e a preocupação entre todos que lidam com a educação. Muitas atitudes sempre passaram desapercebidas e até consideradas "normais" mas, sabemos hoje que não é bem assim. A agressividade constante, a conduta desrespeitosa, o comportamento inadequado e injustificável tem tornado a vivência escolar insuportável tanto para aqueles que são vítimas, como para todos que trabalham numa escola e convivem com esse quadro diariamente. O que fazer? Como fazer? São perguntas que não se calam e também não se encontram respostas positivas para combater essa "doença" social. Para se chegar a um meio de combate, é preciso antes de tudo, conhecer a causa de tal fenômeno comportamental. Qual é a semente que plantada nesse solo infantil, desencadeiará num futuro, um adolescente amargo, cínico e com tendências violentas? Torna-se claro que as instituições escolares precisam repensar com urgência seu papel e sua responsabilidade diante de casos assim. Temos hoje, um perfil de alunos totalmente diferente de alunos de 30 ou 40 anos atrás. Diante desse fato, é imprescindível que as escolas modifiquem suas políticas e filosofias além de que, as regras escolares também devem ser repensadas. Não se deve apenas tachar alunos violentos como seres marginalizados e portanto, serem excluídos da convivência escolar. As escolas precisam se instrumentalizar e se preparar para tratar esses alunos. Por outro lado, a família também tem um papel fundamental na formação desse jovem e não deve se omitir diante de tal problema jogando toda a responsabilidade nas costas da escola. A família é o exemplo maior para toda criança e essa deve receber toda orientação, toda formação moral para que, ao chegar na escola, saiba como se portar, saiba conviver em grupo e respeitar o diferente. Muito se poderia falar aqui. Essas são apenas linhas de meu pensamento, da forma como vejo todo esse painel escolar e me preocupo com o futuro. Tanto desses jovens que são o instrumento de tanta violência, como daqueles que são vítimas de tanta agressividade e humilhação. O que será dessas pessoas num futuro não tão distante? Afinal, esses jovens se tornarão adultos e que papel desempenharão na sociedade? A única certeza que trago em mim é que se precisa urgentemente desenvolver nesses jovens o sentimento de respeito (primeiramente a si próprios e depois estender aos outros), tolerância, compreensão e o gosto de se conviver em grupos.

Um ótimo artigo sobre esse tema saiu na revista Mente & Cérebro de fevereiro de 2008. Além dos livros abaixo que são essenciais para quem deseja se inteirar desse assunto.
Brincadeiras perversas de Cleo Fante. Vale a pena ler.

Obras consultadas e sugestão para melhor conhecer esse tema:

Beaudoin, Marie-Nathalie. Taylor, Maureen. Bullying e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Artmed, 2006






Costantini, Alessandro. Bullying: como combatê-lo. Itália Nova, 2004.







Fante, Cleo. Fenômeno Bullying: estratégias de intervenção e prevenção da violência entre escolares. Ativa, 2003.

O Manifesto da IFLA sobre a Internet

Não dá mais para fingir que a informática e o uso da Internet não são importantes nem fazem parte de nosso dia-a-dia. O Brasil hoje é um dos países que mais tem acesso à Internet porisso, as bibliotecas têm uma vital importância no cotidiano de todos que circulam por elas. Seja ela pública ou particular, universitária ou escolar, todas têm que estar equipadas com o que de melhor possa oferecer a seus usuários. Essa declaração da IFLA esclarece e fortalece nosso empenho em fazer dessa instituição (biblioteca), um espaço cada vez melhor esteja ela numa empresa, numa escola, numa universidade ou pública. A comunidade merece ter esses espaços e fazer dela uma extensão do seu dia-a-dia.

O livre acesso à informação é essencial para a liberdade, a igualdade, o entendimento mundial e a paz. Portanto, a Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Instituições (IFLA) declara que:

A liberdade intelectual é um direito de cada indivíduo, tanto no sentido de ter e manifestar suas opiniões, como de procurar e receber informação. É a base da democracia e está na essência do serviço bibliotecário.
A liberdade de acesso à informação, independentemente de suporte e fronteiras, é uma responsabilidade primordial da biblioteca e dos profissionais da informação.
O livre acesso à Internet, oferecido pelas bibliotecas e serviços de informação, contribui para que as comunidades e os indivíduos atinjam a liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento.
As barreiras para a circulação da informação devem ser removidas, especialmente aquelas que favorecem a desigualdade, a pobreza e o desespero.
Liberdade de Acesso à Informação, à Internet, às Bibliotecas e aos Serviços de Informação
As bibliotecas e os serviços de informação são instituições atuantes, que conectam as pessoas aos recursos globais de informação e às idéias e obras de criação intelectual que elas procuram. As bibliotecas e os serviços de informação tornam disponíveis a riqueza da expressão humana e a diversidade cultural em todos os meios de comunicação.
A Internet permite às pessoas e às comunidades do mundo inteiro, desde as menores e mais remotas localidades até as grandes cidades, o igual acesso à informação. Esta pode ser utilizada para o desenvolvimento pessoal, a educação, o estímulo, o enriquecimento cultural, a atividade econômica ou a participação informada na democracia. Todos podem apresentar seus interesses, conhecimento e cultura [via Internet] e torná-los disponíveis para o mundo.
As bibliotecas e os serviços e informação proporcionam [aos usuários] os portais de entrada indispensáveis ao conteúdo da Internet. Em alguns casos, oferecem comodidade, aconselhamento e ajuda e, em outros, são os únicos pontos de acesso disponíveis. Fornecem mecanismos para superar os obstáculos criados pelas diferenças de recursos, tecnologia e formação.
Princípios de Liberdade de Acesso à Informação via Internet
O acesso à Internet e a todos os seus recursos deve ser compatível com a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, particularmente com o Artigo 19:
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e de expressão; este direito inclui a liberdade de ter opiniões, sem interferência, e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios de comunicação e independentemente de fronteiras.
A capacidade da Internet de interconectar o mundo inteiro possibilita a todos o direito de usufruir desse recurso. Portanto, o acesso não deve estar sujeito a qualquer forma de censura ideológica, política ou religiosa, nem a barreiras econômicas.
As bibliotecas e os serviços de informação também têm a responsabilidade de atender a todos os membros de suas comunidades, independentemente de idade, raça, nacionalidade, religião, cultura, afiliação política, incapacidade física ou de outra natureza, gênero ou orientação sexual, ou qualquer outra condição.
As bibliotecas e os serviços de informação devem apoiar o direito dos usuários de buscar a informação que desejam.
As bibliotecas e os serviços de informação devem respeitar a privacidade de seus usuários e reconhecer a confidencialidade das informações por eles obtidas.
As bibliotecas e os serviços de informação têm a responsabilidade da facilitar e promover o acesso público à informação de qualidade e à sua comunicação. Aos usuários devem ser oferecidos a orientação necessária e o ambiente adequado para que eles possam usar, com liberdade e confiança, as fontes e os serviços de informação de sua escolha.
Além dos muitos recursos valiosos disponíveis na Internet, alguns outros são incorretos, enganadores e podem ser ofensivos. Os bibliotecários devem prover as informações e os recursos para que os usuários aprendam a utilizar a Internet e a informação eletrônica eficazmente. Eles devem atuar no sentido pró-ativo, para promover e facilitar o acesso responsável à informação de qualidade em rede a todos os seus usuários, inclusive as crianças e os jovens.
Assim como os outros serviços fundamentais, o acesso à Internet deve ser gratuito nas bibliotecas e nos serviços de informação.
Implantação do Manifesto
A IFLA incentiva a comunidade internacional a apoiar o desenvolvimento da acessibilidade à Internet no mundo inteiro e, em especial, nos países em desenvolvimento, para assim obter os benefícios globais da informação para todos, oferecidos pela Internet.
A IFLA incentiva os governos nacionais a desenvolverem uma infra-estrutura de informação nacional para fornecer o acesso à Internet a toda a população do país.
A IFLA incentiva todos os governos a promoverem o apoio à livre circulação da informação acessível pela Internet, por meio das bibliotecas e serviços de informação, e a fazerem oposição a quaisquer tentativas de censura ou inibição de acesso [a essa informação].
A IFLA conclama os membros da comunidade bibliotecária e os responsáveis pelas tomadas de decisão, em âmbito nacional e local, ao desenvolvimento de estratégias, políticas e planos para a implantação dos princípios expressos neste Manifesto.
Este Manifesto foi preparado por IFLA/FAIFE.Aprovado pelo Conselho da IFLA, em 27 de março de 2002, em Haia, Países Baixos. Proclamado pela IFLA em 1º de maio de 2002.
Aprovado por unanimidade, sem discordância ou abstenções, durante a reunião do Conselho da "68th IFLA General Conference and Council", em 23 de agosto de 2002, em Glasgow, Escócia.
Tradução do original inglês The IFLA Internet Manifesto, realizada pela FEBAB - Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições.

Latest Revision: 17 January 2006Copyright © International Federation of Library Associations and Institutionshttp://www.ifla.org/

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Luta pelo direito de manter as bibliotecas

Como sempre, continuamos a correr contra a maré. Enquanto nós bibliotecários que amamos o que fazemos e queremos implantar bibliotecas dignas para o grande público, políticos querem "tesourar" as poucas que têm. A história do fechamento das bibliotecas infanto-juvenis de São Paulo está dando o que falar. E temos que falar muito.
Se necessário, temos que gritar, berrar, fazer escândalo pra ver se esses homens que se encontramno comando de tudo percebam que não estão lidando com marionetes e sim com seres humanos que querem o melhor pra si e para o seu próximo. Está na hora de nossos colegas de profissão se unirem em prol de um único pensamento e formarmos um grupo com força e poder para mudar esse quadro. Não somente em São Paulo que é uma metrópole e, por isso mesmo, deveria ter uma rede de bibliotecas públicas dignas de primeiro mundo. Sabemos que nas poucas que ainda restam, existem profissionais sérios que querem fazer o melhor mas, por outro lado, temos pessoas acomodadas, desinformadas e que não são a favor das melhorias pois isso significaria mudança e isso, com certeza não está em seus planos. Aproveito para solicitar a adesão de nossos colegas da área educacional que nos dê uma força no sentido de pressionar esses políticos afinal, a biblioteca está ligada diretamente à formação do cidadão e um poderoso instrumento na formação acadêmica de todos. Por conta dessa revolta que não é só minha mas de muitos colegas, é que coloco a disposição esse espaço para discussão desse tema e o que podemos fazer para mudar esse quadro tão triste que vivemos em nosso meio. O CRB já se manifestou e dexou o seguinte recado:

O CRB-8 já se posicionou. Somos contrários a esta medida por uma questão de princípios e pela ausência de transparência no processo. Como exemplo, há 5meses nós encaminhamos ofício às autoridades responsáveis solicitando confirmação das informações que nos chegavam e pedindo diálogo.

*Silêncio...

*E não é somente isto! A cidade de São Paulo, que antes contava com uma respeitável rede de 36 Bibliotecas Infanto-Juvenis, é surpreendida com a transformação destas em Bibliotecas Públicas, por meio de decreto do Prefeito Gilberto Kassab, restando, das 36 originais, apenas a Monteiro Lobato. Esta rede, que tinha por foco a infância e a adolescência, passa a não ter foco em nenhum grupo específico, indo na contramão da tendência contemporânea de especialização por segmentos.
O que você pode fazer:

- Mandar e-mail com a sua manifestação para os endereços abaixo;
- Colher assinaturas por meio de abaixo-assinado (texto 2) e entregarno CRB-8 até 20/02 ;
- Participar de audiência pública na Câmara Municipal (oportunamente divulgaremos a data).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Me escorreguei mas ainda dá tempo de levantar

Retifico aqui minha falha no post abaixo por ter me esquecido de identificar o blog da nossa colega Isabel. Mas nunca é tarde não é mesmo? Até porque essa idéia de declarar nosso amor da biblioteca é algo para se estender por muito tempo.
Para quem se interessar o endereço é Amor de Biblioteca e é muito interessante. É o que dá fazer as coisas correndo. Isabel, espero que me perdoe.

Declare seu amor de Biblioteca

Quase que em todo o mundo, no dia 14 de fevereiro é comemorado o dia de S.Valentim que é também a comemoração do dia dos namorados. Uma colega de Portugal está fazendo uma campanha para se comemorar o dia dos namorados com o seguinte slogan:

Dia de S. Valentim: Declare seu amor de Biblioteca


Já que por nossas bibliotecas passam diariamente várias pessoas, por que não fazer essa campanha? Vamos declarar nosso amor pelas nossas bibliotecas. Essa colega pretende fazer desse evento em 2009 algo maior e, no que depender de mim, vou trabalhar para divulgar essa idéia. E então? Vamos nos declarar e botar pra fora todo o nosso carinho, nosso respeito e nossa dedicação por esse espaço que tão bem nos acolhe e nos oferece tantas coisas boas?
Que tal então desenvolver atividades na biblioteca voltadas para a manifestação de carinho nesse dia? Por exemplo:
  • Divulgar romances
  • Fazer uma exposição de temas ligados ao amor
  • Que tal lembrar das bibliotecárias nesse dia e declarar seu amor a elas que tanto se empenham em levar a todos a informação de forma trabalhada e concisa? Dar a elas uma caixa de bombons para expressar essa gratidão e reconhecimento. Afinal, elas nunca são lembradas como os demais profissionais em seus dias
  • Que tal levar seu amor para visitar uma biblioteca e descobrirem juntos as maravilhas que todas elas abrigam?
  • Uma outra idéia é inscrever seu amor como leitor numa biblioteca próxima de sua casa
  • Que tal incentivar seus alunos a visitar e serem assíduos frequentadores de uma biblioteca?

São tantas as formas de se fazer isso. Vai da criatividade de cada um. Os dados estão lançados. Agora é abraçar essa idéia, fazer um esforço junto a sua equipe, a seus usuários e procurar divulgar ao máximo essa campanha para que em 2009 ela entre com força total.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Estamos andando para trás?

Ao receber um e-mail do Profº Edmir Perrotti falando da extinção de algumas bibliotecas públicas, eu fico pensando: Estamos andando pra trás? Ao invés dos orgãos públicos se preocupar em criar mais espaços de bibliotecas para a comunidade incentivando sua utilização através de projetos de conscientização e de formas de como utilizar uma biblioteca, fecha-se as poucas que têm. Argumentando que elas não têm público, torna-se mais fácil acabar com elas do que verificar o que pode estar errado para o afastamento do grande público. Dizer que o brasileiro não gosta de ler, é mito. É mais fácil ficar nessa perspectiva de braços cruzados de que arregaçar as mangas e trabalhar para fazer desses espaços algo dinâmico, moderno, gostoso de se utilizar. Ao invés de investir na atualização desses profissionais que trabalham nas bibliotecas públicas, cuidar do visual deixando-as mais alegres, com acervo atualizado e conservado, agradáveis como tantas que se encontram em países de primeiro mundo, é melhor fechá-las. Não é mesmo prefeito Kassab? Pra que tornar o brasileiro um ser culto, letrado, com consciência de seus direitos de cidadão e com uma mente crítica não é mesmo? Por que fazer desse povo tão fácil de se dominar alguém que saiba lutar por uma vida melhor e mais digna? Deixo aqui meu desabafo, minha indignação e peço que demais colegas de profissão e demais área educacional que divulguem e protestem contra essa atitude retrógrada de nosso digníssimo prefeito e seus companheiros.



DECRETO Nº 49.172, DE 31 DE JANEIRO DE 2008 – Publicado no D.O.C. de 01/02/2008, pág. 1

Dispõe sobre a requalificação de equipamentos culturais da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura, bem como transfere os acervos municipais que especifica e altera o Decreto nº 48.166, de 2 de março de 2007.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, D E C R E T A:

Art. 1º. As Bibliotecas Infanto-Juvenis, da Supervisão de Bibliotecas, da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura, constantes do Anexo I do Decreto nº 48.166, de 2 de março de 2007, ficam transformadas na seguinte conformidade:

I - a Biblioteca Infanto-Juvenil Chácara do Castelo, em Centro de Conservação de Acervo, subordinando-se ao Departamento Biblioteca Mário de Andrade;
II - a Biblioteca Infanto-Juvenil Arnaldo de Magalhães Giácomo, em Centro de Apoio Educacional, subordinando-se à EMEI Mary Buarque, da Secretaria Municipal de Educação;
III - a Biblioteca Infanto-Juvenil Zalina Rolim, em Casa de Cultura e Convívio da Vila Mariana, subordinando-se à Supervisão de Cultura, da Coordenadoria de Ação Social e Desenvolvimento, da Subprefeitura de Vila Mariana;
IV - a Biblioteca Infanto-Juvenil Cecília Meireles, em Centro de Memória e Convívio da Lapa, subordinando-se à Supervisão de Cultura, da Coordenadoria de Ação Social e Desenvolvimento, da Subprefeitura da Lapa.
§ 1º. Em decorrência do disposto neste artigo, ficam transferidos:
I - os próprios municipais para as novas unidades objeto da transformação;
II - para a Supervisão de Bibliotecas, da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura:
a) o acervo e o pessoal, observado o disposto no § 2º deste artigo;
b) os cargos de provimento em comissão, na conformidade do disposto no Anexo I integrante deste decreto.
§ 2º. O acervo de literatura infanto-juvenil pertencente à Biblioteca Infanto-Juvenil Arnaldo de Magalhães Giácomo passa a integrar o acervo de livros do Centro de Apoio Educacional da EMEI Mary Buarque, da Secretaria Municipal de Educação.

Art. 2º. O Museu Miguel Dell’Erba, previsto no Decreto nº 20.541, de 17 de dezembro de 1984, atualmente localizado na Rua Catão, nº 611, fica vinculado ao Centro de Memória e Convívio da Lapa a que se refere o inciso IV do artigo 1º deste decreto.

Art. 3º. A Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura, manterá acervo circulante voltado ao público adulto nas dependências da Casa de Cultura e Convívio da Vila Mariana e do Centro de Memória e Convívio da Lapa a que se referem os incisos III e IV do artigo 1º deste decreto.

Art. 4º. As Bibliotecas Municipais e Bibliotecas Infanto-Juvenis previstas no Decreto nº 46.434, de 6 de outubro de 2005, e legislação subseqüente, passam a denominar-se Bibliotecas Públicas.
Parágrafo único. Excetua-se do disposto no “caput” a Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato, que permanece como Biblioteca Infanto-Juvenil.

Art. 5º. As Bibliotecas geridas pela Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura, são as constantes do Anexo II deste decreto.

Art. 6º. As Secretarias Municipais de Cultura, de Educação e de Coordenação das Subprefeituras adotarão, no âmbito de suas respectivas competências, as medidas necessárias ao integral
cumprimento deste decreto.

Art. 7º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 31 de janeiro de 2008, 455º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSAB, PREFEITO
CARLOS AUGUSTO MACHADO CALIL, Secretário Municipal de Cultura
MARCIA REGINA UNGARETTE, Secretária Municipal de Gestão
Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 31 de janeiro de 2008.
CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Dicas de hoje

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) disponibiliza no domínio http://bve.cibec.inep.gov.br/, o site da Biblioteca Virtual da Educação. A Biblioteca é uma ferramenta que pesquisa outros sites relacionados com educação no Brasil e no exterior. Gratuitamente,oferece a pesquisadores, estudiosos, professores, universitários,pós-graduandos, alunos e gestores um banco de dados em 37 áreas,como Legislação, Psicologia da Educação e Movimentos Sociais e Educação, entre outras.
Outra dica legal: A construção de um grande painel virtual com o retrato da escola brasileira é o objetivo do programa "A Cara da escola", hospedado no site http://www.acaradaescola.org.br/
O retrato será construído por meio de imagens, sons, vídeos e textos - para participar, basta se cadastrar no site e mandar o seu arquivo. Assim, o usuário que acessa o site pode ver materiais separados por estado, cidade e escola.